Cidade

Médico se recusa a dar atendimento a homem espancado que se escondeu em matagal

24 abr 2024 às 13:04

O que era para ser um atendimento de rotina, se tornou caso de polícia em Cascavel... É que nesta semana, um homem foi espancado no bairro esmeralda e se escondeu em um matagal. Mas a situação ficou complicada porque o médico do samu teria se recusado a atender a vítima.


O fato aconteceu no bairro Esmeralda, regiao oeste de Cascavel. Era por volta das 4 horas da madrugada quando um homem, que segundo os moradores estava alucinado, tentou invadir algumas casas. Os relatos dão conta de que ele se jogava nos portões e batia contra os muros das residências.


Populares ligaram para o Samu. Segundo a testemunha, depois de muita insistência uma equipe do Samu foi até o local acompanhada de uma equipe da Guarda Municipal. Era por volta das 5h30 da manhã. Neste momento o homem estava ferido nesta mata, depois de ter sido agredido por populares. No entanto a equipe se recusou a atende-lo.

O boletim de ocorrencia aponta que o médico responsavel "se recusou a adentar na mata para avaliar o homem".


A Guarda Municipal explicou que não tem os equipamentos de proteção individual para situações de ferimento com sangue e que a equipe do samu deu por encerrada a ocorrência sem adentrar e avaliar o paciente, deixando de prestar atendimento obrigatório.


O rapaz só foi atendido duas horas depois, quando uma equipe da PM foi ao local e acionou novamente o Samu. A omissão de socorro revoltou quem presenciou a cena.


Sobre a denúncia de omissão de socorro do médico, o Consamu informou em nota que: "considerando as condições do local onde o paciente se encontrava, bem como a preocupação com a segurança da equipe, o médico da cena tomou a decisão de resguardar a integridade dos profissionais". Ainda segundo o consórcio de saúde, a equipe que se deslocou não tinha as condições de intervenção garantidas, e que "os acionamentos relacionados à surtos são situações extremamente complexas e, com grande potencial de risco para os funcionários e cada ocorrência tem uma característica específica e o desdobramento varia na mesma proporção". 


Além disso segundo o Consamu  "a conduta do médico responsável pelo atendimento da ocorrência está sujeita às normas pertinentes e a ocorrência será analisada pelos coordenadores das equipes a fim de constatar se houve ou não erro na conduta adotada".