Davi Lúcio Pinsegher de 10 anos, recebeu alta do HU (Hospital Universitário) depois de ter sido picado por uma cobra, no final de dezembro do ano passado.
O menino brincava com um amigo em uma árvore na praça do Jardim Jerônimo Nogueira, na zona norte de Londrina, quando sentiu uma dor na perna, e de repente, já não conseguia mais colocar o pé no chão.
Ele ficou internado por mais de 20 dias, depois ficou duas semanas em casa em isolamento, por conta do risco de contrair uma bactéria. Agora, ele ainda precisa ficar de repouso e não pode ir para a escola. O garoto conta que sente saudades de brincar, correr e jogar bola. “Tá sendo difícil. Eu gosto muito de correr, brinca e gosto muito de sair. Fico em casa e fica um tédio”, conta Davi.
Depois que Davi foi picado pela cobra, a mãe Daynne Lúcio, chamou a vigilância sanitária para inspecionar a praça. Logo em seguida a CMTU foi até o local e fez a roçagem, mas no local, o mato já está alto novamente. “Acho que tinha que vir uma vez por mês. Agora as crianças não estão porque ficaram com medo, mas vira e mexe sempre tem uma ali”.
A mãe proibiu Davi de frequentar a praça. As outras mães do bairro também têm medo de que os filhos brinquem no local e sejam picados por uma cobra ou outros animais peçonhentos. Daynne sente que o bairro está esquecido pelo poder público. “Um bairro esquecido. Se fosse um bairro chique, ou um bairro da avenida...”
Davi é um garoto esperto, inteligente e cheio de energia. Ele está ansioso para retomar a vida normal, mas quando lembra de tudo que passou e do carinho que recebeu da equipe do Hospital Universitário, não consegue conter a emoção. “Quero mandar um abraço pra todo mundo a UTI que salvou a minha vida. Foi muito difícil ficar na UTI, eu só via meus pais e começava a chorar. Com a anestesia eu vi minha vida passar na frente dos meus olhos. Eu falei pra minha mãe que eu ia morrer”, conta o menino emocionado.