O mochileiro londrinense Anderson Sato, de 33 anos, deu início a uma jornada de autodescoberta e aventura, partindo de Londrina no último dia 13 de novembro. Seu projeto, o SatoXP, promete ser uma experiência transformadora e inspiradora para ele e para seus seguidores. Durante um período de quatro a seis meses, Sato viajará pela América do Sul, explorando novas culturas e paisagens, enquanto compartilha sua vivência em redes sociais.
Inspiração para o mochilão
A ideia de embarcar nessa jornada surgiu após um ano desafiador em 2023, marcado por dificuldades emocionais e profissionais. Em um momento de reflexão, Sato percebeu que a vida é curta e que era hora de agir. "Sempre admirei pessoas que viajavam pelo mundo e compartilhavam suas experiências, mas ficava preso na ideia de 'um dia farei isso'. Após superar os desafios, entendi que o momento de transformar esse sonho em realidade era agora", revelou.
A conexão com a natureza foi uma das grandes fontes de inspiração para o mochilão. Sato mencionou que momentos como a subida ao Pico Paraná e a travessia da Ilha Grande o ajudaram a reconectar-se com o propósito de explorar o mundo e viver novas experiências.
Planejamento e a preparação
Colocar a ideia em prática exigiu um planejamento cuidadoso. O mochileiro dedicou meses para estudar sobre mochilões, economizar durante viagens e escolher as melhores rotas pela América do Sul. "Meu objetivo sempre foi um mochilão raiz, viajando de carona, acampando e cozinhando para economizar o máximo possível", afirmou Sato. Para isso, ele investiu na compra de equipamentos essenciais, como barraca, fogareiro e roupas adequadas.
Além disso, o planejamento envolveu a aprendizagem com outros mochileiros experientes, a fim de criar um cronograma que permitisse a viagem de maneira autêntica e segura. "A preparação foi intensa, mas tudo faz parte da experiência", contou.
SatoXP: um projeto de compartilhamento
O projeto SatoXP não se limita apenas à viagem de Sato, mas também à ideia de inspirar outras pessoas a seguirem seus próprios sonhos de aventura. "Sempre gostei de criar conteúdo, e percebi que poderia usar as redes sociais para motivar outros a viajar, mesmo com poucos recursos. Assim, nasceu o SatoXP, um projeto que compartilha histórias, culturas e pessoas incríveis que encontramos pelo caminho", disse o mochileiro. Ele utiliza plataformas como YouTube, Instagram e TikTok para documentar sua jornada, com o objetivo de mostrar que é possível explorar o mundo com orçamento reduzido.
Roteiro e tempo de viagem
A jornada de Sato está dividida em duas etapas. A primeira fase do mochilão o levará até Ushuaia, na Argentina, a cidade mais austral do mundo. Em seguida, o mochileiro continuará até Machu Picchu, no Peru, passando por países como Uruguai, Chile e Bolívia. "O projeto é muito mais sobre a jornada do que o destino em si. A expectativa é que a viagem dure de quatro a seis meses, mas a experiência e os encontros ao longo do caminho podem fazer esse tempo variar", comentou.
Desafios e obstáculos
Como todo mochilão, a viagem de Sato não está isenta de desafios. O planejamento envolveu lidar com questões como insegurança em viajar sozinho e o receio de ser roubado. Além disso, um dos maiores desafios foi a despedida de pessoas queridas, especialmente sua avó, que tem 90 anos. "Saber que vou ficar longe por meses é difícil, mas entendi que era o momento certo para realizar esse sonho", explicou.
Trajetória de superação
Natural de Londrina, Sato foi criado no sítio de seus avós em São Sebastião da Amoreira, no Paraná, onde desenvolveu uma forte ligação com a natureza. Sua trajetória profissional incluiu formações em administração, além de passagens por áreas como marketing digital, vendas e treinamento de equipes. "Foi através de superações pessoais que percebi que precisava sair da zona de conforto e buscar algo maior", afirmou.
Hoje, com o projeto SatoXP, ele busca acumular experiências que o ajudem a crescer como pessoa, enquanto inspira outros a também saírem em busca de seus próprios sonhos.
Meta financeira e planos futuros
Em relação ao aspecto financeiro, Sato preparou-se com uma reserva para garantir a sustentabilidade de sua viagem. O objetivo é gastar, em média, 50 reais por dia. A ideia é retornar para casa após chegar a Machu Picchu, passando um tempo com sua família e, posteriormente, planejar novas viagens – seja pelo Brasil ou por outras regiões da América Latina, como América Central.
A jornada de Anderson Sato já está sendo acompanhada por centenas de pessoas através de suas redes sociais, e a expectativa é que cada dia da viagem seja uma nova história compartilhada, mostrando a beleza e a riqueza cultural da América do Sul.
Como acompanhar a jornada