As mortes de Kelvin William, de 16 anos, e Wender Natan, de 20 anos, completam um mês neste sábado (15). Os jovens foram mortos em um possível confronto com a Polícia Militar em Londrina, no dia 15 de fevereiro, no Jardim Nossa Senhora da Paz, na zona oeste. Os óbitos geraram uma série de desdobramentos, incluindo protestos e cenas de violência na cidade, com ônibus vandalizados e incendiados. As famílias das vítimas continuam a cobrar das autoridades respostas sobre o caso.
A Polícia Civil e a Polícia Militar instauraram
inquéritos para apurar os fatos, com prazo para conclusão neste sábado (15), mas
é possível que seja prorrogado. Caso os inquéritos sejam finalizados, será
definida a responsabilidade dos policiais envolvidos, podendo resultar em
culpabilidade ou não.
Em entrevista, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Coronel Hudson Teixeira, afirmou que a primeira fase das investigações está em andamento e que a perícia e provas solicitadas estão sendo analisadas. “Estamos terminando a primeira fase dos inquéritos. As provas e perícias solicitadas já estão sendo analisadas. Agora, tudo isso está sendo acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Ministério Público”, disse.
Em relação aos policiais envolvidos, Teixeira
informou que eles foram afastados das atividades operacionais por quase um mês
e passaram por avaliações médicas e psicológicas. “Eles foram avaliados, e têm
condições de permanecer na atividade operacional. Eles respondem por um
procedimento, mas ainda não houve uma conclusão sobre o caso”, afirmou.
Durante os protestos, equipes de segurança de
cidades como Maringá, Curitiba e Cornélio Procópio foram deslocadas para
Londrina para dar apoio, mas já retornaram aos seus respectivos locais de
origem.
Amigos
e familiares de Wender e Kelvin, moradores do Jardim Nossa Senhora da Paz,
planejam organizar um ato em memória dos jovens, como parte de uma continuação
da luta por justiça.