O Ministério Público de Londrina reforçou a intervenção judicial na ADA (Associação de Defesa dos Animais), agora sob responsabilidade da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização). A ex-presidente da entidade, vereadora Anne Moraes, é acusada de ameaçar e agredir fisicamente técnicos e funcionários, além de supostamente propagar desinformação nas redes sociais.
A promotora de justiça, Révia de Paula Luna, informou que, desde a intervenção
judicial em abril, a vereadora Anne Moraes tem dificultado o trabalho da equipe
da ADA, incluindo ataques físicos e ameaças. No último sábado (31), uma confusão
envolvendo a vereadora e uma veterinária foi registrada na sede da associação.
Além disso, Anne Moraes teria feito postagens falsas nas
redes sociais e, em 11 de abril, supostamente baixado indevidamente o CNPJ da associação,
bloqueando suas contas bancárias e paralisando a investigação sobre desvios
financeiros.
Em consequência, o MP determinou que a vereadora seja
afastada das instalações da ADA e proibiu qualquer contato com os animais. A
CMTU assume a gestão da entidade, e um novo local para realocar os mais de 500
animais foi escolhido.
Em nota, a defesa de Anne Moraes disse que a vereadora
permitirá o trabalho das equipes da intervenção, desde que respeitada sua
privacidade e horário pré-determinado. Quanto ao afastamento das instalações da
associação, o advogado argumenta que a posse do imóvel foi garantida pelo Tribunal
de Justiça do Paraná.