O Ministério Público denunciou Adilson Romão por uso de documentos falsos no exercício da função de assessor parlamentar na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. A denúncia foi apresentada após a conclusão do inquérito policial que investigou a utilização de um histórico escolar e de um diploma de conclusão do ensino médio considerados inautênticos.
Os documentos são pré-requisitos obrigatórios para o cargo que Adilson ocupava desde julho de 2021, no gabinete do vereador Cabo Cassol. Ele pediu exoneração do cargo em março deste ano, após o início da apuração.
A defesa de Adilson, representada pelo advogado Rodrigo Duarte, afirmou que acredita na absolvição do cliente no processo criminal e que já recusou acordos em outras esferas judiciais. Segundo o advogado, Adilson foi vítima de uma instituição de ensino do Rio de Janeiro que oferecia cursos a distância sem autorização da Secretaria de Educação do estado. Rodrigo Duarte argumenta ainda que o direito penal só pune quem age com dolo, o que, segundo ele, não se aplica ao caso, já que Adilson acreditava ter concluído o ensino médio de forma legítima.
Apesar disso, a instituição de ensino citada no inquérito declarou, por meio de relatório, que o diploma apresentado por Adilson contém um carimbo que não é utilizado pela coordenadoria responsável, além de estar assinado por um professor que não faz parte do corpo docente.
Atualmente desempregado, Adilson afirma que está tranquilo e confiante de que provará sua inocência, reiterando que acreditava ter concluído regularmente o ensino médio por meio do curso.
As investigações começaram após a Câmara de Foz do Iguaçu instaurar um processo de verificação dos documentos de todos os assessores parlamentares. A apuração foi motivada por outro caso envolvendo um ex-assessor da ex-vereadora Carol Dedonatti. Na época, o diploma apresentado pelo servidor chamou atenção por indicar que ele teria cursado o ensino médio entre os seis e oito anos de idade, o que levantou suspeitas e deu início à checagem geral dos documentos.