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"Não vou parar de lutar", diz mãe de Eduarda Shigematsu sobre adiamento de júri

30 set 2025 às 12:08

O caso da morte de Eduarda Shigematsu, encontrada morta e enterrada no quintal de casa em Rolândia, em 2019, ganhou um novo capítulo com a suspensão do júri, marcado para 6 de outubro em Maringá. A decisão do Tribunal de Justiça do Paraná foi motivada por uma reclamação da defesa de Ricardo Seidi, pai e principal suspeito do crime, que apontou falhas no sorteio dos jurados.


O adiamento, o sexto desde o início do processo, revoltou a mãe de Eduarda, Jessica Pires, que em entrevista à TV Tarobá demonstrou descrença na justiça brasileira. "Eles querem que caia no esquecimento, mas eu não vou parar de lutar... eu vou honrar a história da minha filha", desabafou. O padrasto de Eduarda, Gustavo Cunha, também se manifestou, reforçando a determinação da família. "Mesmo sem esperança, a gente vai fazer acontecer", disse.


Segundo os advogados de defesa, a lei exige que o sorteio dos jurados ocorra com pelo menos dez dias úteis de antecedência, mas, neste caso, o ato foi realizado com apenas oito dias úteis. A defesa argumenta que o curto prazo compromete a imparcialidade do julgamento.

Ricardo Seidi continua preso, enquanto a avó, Terezinha de Jesus, acusada de ajudar a ocultar o corpo da neta, responde ao processo em liberdade. O júri já foi adiado seis vezes e transferido para duas comarcas, de Rolândia para Londrina e, por último, para Maringá.