A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou nesta quarta-feira (29) o boletim semanal com o panorama sobre a dengue em Londrina. Os dados atualizados ontem (28) apontam que a cidade alcançou um total de 1.545 notificações relacionadas à doença em 2025, sendo 24 novos registros em relação à semana anterior. Deste total computado, foram confirmados 152 casos e descartados 723. Já 670 continuam sob análise laboratorial, sem resultados ainda emitidos.
Em quase um mês completo de acompanhamento de dados
acerca desta arbovirose na cidade, não houve óbitos registrados até o momento.
As estratégias de prevenção, conscientização pública e combate à dengue seguem
desenvolvidas a pleno vapor pela Prefeitura de Londrina, levando ações a todas
as regiões do município.
A ênfase deste trabalho ampliado ocorre nas áreas de
maior incidência do vetor Aedes aegypti, conforme exemplificou o gerente de
Vigilância Ambiental, da SMS, Nino Ribas. “Na semana anterior, por exemplo,
havia um aumento identificado da dengue no Jardim Novo Amparo, na zona norte. Já
nesta semana o boletim mostrou redução de notificações neste local. Na área dos
distritos da Warta e de Maravilha, que nas primeiras semanas do ano estavam num
quadro crescente, também tivemos diminuição, mas são pontos que continuam
recebendo atenção das nossas equipes de endemias, tentando identificar as
problemáticas para saná-las”, ilustrou.
Um Plano de Ação foi apresentado nesta semana, dia 27 de
janeiro, abarcando uma série de medidas para sensibilizar a população e
combater com mais força o mosquito Aedes aegypti.
Ribas reforçou que Londrina não está inserida em uma
situação de epidemia, mas vive um momento de alerta que exige atenção. “Por
isso, as atividades estão sendo intensificadas em toda a área urbana e também
nos distritos, sendo programações integrantes do Plano de Ação apresentado. O
poder público está ampliando o alcance dos trabalhos e trazendo novidades, mas
é essencial a participação popular para que as medidas tenham êxito. É preciso
que haja o entendimento geral de que o mosquito da dengue gosta de estar onde
as pessoas estão, sendo a incidência maior nas próprias residências. Precisamos
cuidar dos quintais, tirar uns minutinhos por dia para cuidar dos imóveis
retirando possíveis criadouros”, alertou.
A Vigilância Ambiental pede à comunidade que verifique em
suas casas os locais que acumulam água como vasos de plantas, potes de água
para animais domésticos, reservatórios e qualquer ponto de acúmulo de água
proveniente de chuvas, principalmente neste período do ano com alto volume pluviométrico.
O vetor da dengue vem sofrendo algumas alterações em seu
comportamento para se adaptar ao meio humano, sendo uma destas a desova em
locais sem a necessidade de estarem com água parada. “Um exemplo é a atração do
Aedes pela própria umidade que a água exala. Em um objeto com água da chuva
armazenada, onde a pessoa joga fora este líquido, mas sem fazer a lavagem do
mesmo com algum produto químico e uma boa secagem, a umidade continua e atrai o
mosquito, que vai desovar lá. O ovo pode perdurar no mesmo lugar por um ano, e
no próximo contato que houver com a água ele eclode e temos novas gerações do
mosquito proliferando. Então, esse entendimento deve existir sobre uma limpeza
adequada de potes e recipientes, já que o mosquito precisa de água parada para
proliferar o ciclo evolutivo, mas não mais para fazer a desova”, explicou.
Além da dengue, o boletim de endemias apresentado pela
Prefeitura hoje (29) mostra um caso notificado de Chikungunya, o primeiro do
ano, ainda em fase de análise.