Durante a Operação Anemia, deflagrada pela Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, nesta quinta-feira (6), os investigadores constataram que apenas um dos investigados, aumentou o patrimônio em mais de R$ 230 milhões, em quatro anos. Ainda durante esse tempo, a organização criminosa movimentou mais R$ 1 bilhão de maneira ilegal na economia brasileira.
Foram 60 mandados expedidos, sendo sete de prisões preventivas. Em Londrina, cinco pessoas foram presas. A investigação também alcançou os estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Os crimes cometidos pela organização utilizavam laranjas e empresas de fachada para fazer a lavagem do dinheiro ilícito.
O grupo fazia o contrabando de celulares do exterior. A operação mirou na prisão dos líderes do crime. Um deles aumentou seu patrimônio em R$ 236 milhões entre 2020 e 2024. “O principal líder dessa quadrilha tem 12 apartamentos de alto luxo em Balneário Camboriú. Ele diz que esse recurso veio do lucro das empresas dele. Mas nós não identificamos nenhuma compra, nem venda, nem funcionário nessa empresa. Só existe uma contabilidade de fachada”, explicou o delegado da Receita Federal, Reginaldo Cardoso.
Os acusados usavam também criptomoedas e recursos virtuais para realizar transferências a países do exterior, para comprar os produtos eletrônicos direto dos fornecedores dos Estados Unidos e China.