O prefeito de Londrina, Tiago Amaral, criticou a o contrato de subsídio assinado pela gestão anterior para o transporte público de Londrina. A declaração foi dada após a operação da Polícia Civil sobre uma contratação direta para consultoria. A auditoria analisava o contrato, que, segundo o prefeito foi um "presente de grego", assinado em 30 de dezembro de 2024.
A ação da Polícia Civil apura supostas irregularidades no processo de dispensa de licitação para a contratação de serviços de consultoria, avaliado em R$ 142.570,00, que visava a revisão da planilha tarifária e o diagnóstico do sistema.
O prefeito Tiago Amaral ressaltou que o contrato anterior levou a tarifa do transporte coletivo de R$ 70 milhões para R$ 180 milhões de reais, sem qualquer previsão orçamentária.
Amaral enfatizou que a tarifa representa R$ 15 milhões de reais por mês que saem do caixa do município, pagos com o dinheiro da população. O prefeito afirma que a auditoria da planilha tarifária é necessária por determinação do Ministério Público, do Tribunal de Contas (TCE) e por previsão contratual.
Questionado sobre a alegação da Polícia Civil de que a contratação de consultoria investigada deveria ter seguido um rito ordinário de licitação (e não dispensa), o prefeito sustentou a urgência do executivo em auditar o sistema de transporte.
A operação da PCPR cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Londrina e Curitiba, apreendendo celulares, computadores e documentos. O delegado Thiago Vicentini indicou haver fortes indícios de simulação de concorrência, já que duas das três empresas que apresentaram orçamentos pertenciam ao mesmo grupo familiar e as propostas eram "extremamente próximas".
Sobre possíveis mudanças na Diretoria de Transportes da CMTU após a operação, o prefeito afirmou: "Não tem absolutamente ninguém fixo em lugar nenhum" e que todo mundo que foi escolhido pode sair a qualquer tempo.