A história de Juliane Vieira dos Reis, que se arriscou para salvar a própria família durante um incêndio, emocionou o país. Hoje, ela enfrenta a batalha da recuperação, e cada pequeno avanço é celebrado como uma grande vitória. Assim como Juliane, outros pacientes que sofreram queimaduras graves compartilham a superação da dor e a redescoberta do valor da vida.
O caso de Salete é um exemplo de resiliência. Em 2014, durante um feriado de Tiradentes, um acidente doméstico provocou queimaduras em 34% do seu corpo, atingindo cabeça, rosto, braços e seios. Após atendimento inicial em Cascavel, ela foi transferida para o Centro de Queimados de Londrina, onde passou 22 dias em coma. Foram mais de um ano de tratamento, com enxertos, reconstrução de orelha e uso prolongado de malha especial. Além da recuperação física, ela enfrentou a reconstrução da autoestima e hoje comemora cada vitória, inclusive com a chegada da filha Pietra cinco anos atrás.
Outro exemplo é Edson, que quase 14 anos atrás sofreu queimaduras em 75% do corpo enquanto trabalhava como mecânico industrial. Após três meses em coma induzido e diversas cirurgias, ele voltou à rotina, mostrando a força necessária para superar traumas tão extensos. O Centro de Queimados, que atendeu Juliane, Salete e Edson, demonstra que, com tratamento especializado e acompanhamento contínuo, é possível transformar dor em resiliência e esperança.