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Paraná será o terceiro estado mais afetado por tarifaço de Trump; perdas chegam a R$ 1,9 bi

Segundo a CNI, o Paraná será o terceiro estado mais afetado pelas novas tarifas, ao lado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais
17 jul 2025 às 19:12
Por: Portal Tarobá

O novo tarifaço imposto pelos Estados Unidos pode gerar impactos significativos na economia brasileira. Segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode sofrer uma retração de 0,16%, o equivalente a uma perda de R$ 52 bilhões nas exportações nacionais. Além disso, cerca de 110 mil empregos podem desaparecer em função da queda na demanda externa.

Paraná entre os estados mais prejudicados

No Paraná, os efeitos do tarifaço já começam a aparecer. Uma indústria do setor madeireiro decidiu conceder férias coletivas a 700 funcionários, de forma preventiva. A medida foi tomada por temor de uma queda brusca nas encomendas dos Estados Unidos, um dos principais mercados da empresa.


Segundo a CNI, o Paraná será o terceiro estado mais afetado pelas novas tarifas, ao lado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais. O levantamento estima que o impacto no PIB do Paraná será de R$ 1,9 bilhão, o mesmo valor projetado para o Rio Grande do Sul. Já São Paulo deverá ter a maior perda, com R$ 4,4 bilhões, seguido por Santa Catarina com R$ 1,7 bilhão e Minas Gerais com R$ 1,6 bilhão.


Setores mais afetados pelas tarifas

Os setores mais atingidos serão os de tratores e máquinas agrícolas, aeronaves, embarcações e equipamentos de transporte, além dos produtores de carnes de aves. O Paraná exporta cerca de US$ 1,5 bilhão por ano em produtos para os Estados Unidos. Até junho deste ano, já foram vendidos US$ 735 milhões.


Os principais produtos exportados pelo estado incluem madeira e derivados — como MDF, portas e esquadrias — mas também há presença de mais de 90 grupos de produtos, incluindo máquinas, combustíveis minerais, plástico, alumínio, açúcar, café, adubos, borracha, produtos farmacêuticos, móveis e óleos vegetais.

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Outro item que pode sofrer impacto direto é a carne de peixe. O Paraná, especialmente a região Oeste, é um dos principais produtores e exportadores de filé de tilápia, produto com demanda significativa no mercado norte-americano.


De acordo com Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR, o impacto do tarifaço afeta todo o setor de pescado no Brasil, mas o Paraná será o mais prejudicado, já que é o maior exportador nacional de filé de peixe fresco e congelado para os Estados Unidos.


Segundo Medeiros, os efeitos também serão sentidos pelos norte-americanos, que podem enfrentar desabastecimento e alta nos preços do produto em razão da redução nas importações brasileiras.


O presidente da entidade ainda alertou que cerca de 90% dos produtores de peixe no Brasil são pequenos produtores, o que agrava a situação. O setor pode registrar uma grande perda de renda, impactando especialmente quem mais depende dessa atividade. A combinação de menor demanda externa e excesso de oferta interna tende a pressionar os preços do peixe para baixo no mercado brasileiro, ampliando os prejuízos para os produtores locais.


Estados Unidos também sofrerão impacto

Apesar das medidas, as estimativas indicam que os Estados Unidos também serão fortemente afetados pelo tarifaço. O PIB norte-americano pode cair 0,37% em função das restrições comerciais contra o Brasil. Atualmente, os EUA são o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, destino de 12% das exportações brasileiras e origem de 16% das importações. Além disso, representam 78,2% das exportações da indústria de transformação nacional em 2024.


A reação ao tarifaço também chegou ao Congresso Nacional. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que a situação precisa ser tratada com firmeza, resiliência e serenidade.


Já o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, reforçou que a população compreende que o Brasil não pode deixar que decisões externas ameacem a soberania nacional.

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