A PCPR (Polícia Civil do Paraná) participou nesta quinta-feira (27) da 8ª Fase da Operação 404, uma ação de combate aos crimes contra a propriedade intelectual na internet, que reuniu esforços nacionais e internacionais.
No Paraná, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Maringá, Londrina, Telêmaco Borba, Ponta Grossa e Pranchita. A etapa teve como foco desmantelar redes criminosas que lucram com a distribuição ilegal de conteúdos protegidos por direitos autorais, como filmes, séries, músicas e jogos.
Apreensões e Bloqueios
Nos endereços paranaenses, os policiais civis apreenderam diversos aparelhos eletrônicos, como videogames, computadores e celulares, vinculados à atividade criminosa. Os objetos serão encaminhados à perícia.
A PCPR também representou à Justiça pela derrubada de sites criminosos, sua remoção de buscadores da internet e suspensão de contas em redes sociais utilizadas para a divulgação de produtos ilícitos.
O Delegado Thiago Pereira Lima, que coordenou a operação no Paraná, destacou a continuidade do trabalho:
Delegado Thiago Pereira Lima: “A PCPR destacou equipes em cinco cidades do estado para cumprir mandados judiciais visando a repressão destes crimes de violação de propriedade intelectual. Esta é mais uma etapa do trabalho que a Polícia Civil do Paraná já vem desenvolvendo junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.”
Esquema de Jogos em Ponta Grossa
Em Ponta Grossa, a investigação identificou que dois suspeitos mantinham um site de comércio eletrônico dedicado à venda ilegal de licenças de jogos digitais.
O esquema consistia na comercialização não autorizada de “contas primárias” e “contas secundárias”, onde o consumidor recebia logins e senhas para baixar os jogos em seu videogame, pagando valores muito inferiores aos do mercado oficial. A investigação apontou que o esquema gerava lucros expressivos, com uma das contas bancárias possuindo limite mensal de saque na casa dos milhões de reais.
Alcance Nacional e Internacional
Em todo o país, a Operação 404 cumpriu 44 ordens de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. Além disso, foram bloqueadas e suspensas diversas plataformas, incluindo 535 sites e um aplicativo de streaming, e removidos milhares de conteúdos piratas.
A ação integrada demonstrou o compromisso do Brasil e de seus parceiros internacionais em proteger a economia criativa. A operação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e contou com a participação das Polícias Civis de 15 estados brasileiros.
Internacionalmente, participaram forças policiais e órgãos de proteção à propriedade intelectual da Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido, com México e EUA como observadores ativos.