A beleza das madeixas é o foco do trabalho de Gabriela há mais de uma década, mas foi ao se deparar com o resíduo gerado nos salões que ela encontrou um novo campo de pesquisa. Mestranda em Ciências Ambientais pela Unioeste, Gabriela questionava o que fazer com os cabelos cortados. A dúvida profissional deu origem a uma investigação científica que propõe uma alternativa sustentável: transformar os fios de cabelo em adubo.
Em parceria com a Unimeo, de Assis Chateaubriand, Gabriela desenvolve o estudo que já apresenta resultados promissores. A pesquisa, apresentada no estande da Unioeste no Show Rural, busca comprovar que o cabelo, rico em nitrogênio, pode ser utilizado como fertilizante. Um comparativo feito com pés de rabanete mostrou a eficácia do novo adubo, onde a planta que recebeu o produto teve um crescimento mais acelerado.
O cabelo possui um percentual de 15% de nitrogênio, muito superior ao de dejetos de frango, que contém apenas 3%. Embora a pesquisa ainda tenha questões em sigilo, os avanços são animadores, com o próximo passo sendo encontrar a melhor forma de comercializar o adubo.
O uso do cabelo como recurso para a agricultura é uma proposta inovadora, que traz uma nova perspectiva para o setor de beleza, inserindo-o no contexto da sustentabilidade. Para Gabriela, esse projeto não só tem dado bons resultados, mas também emocionado por representar uma contribuição significativa para um futuro mais verde.