A morte de um funcionário dentro de uma empresa de segurança privada no bairro Universitário, em Cascavel, gerou uma grande mobilização policial na noite desta quinta-feira (24). O caso, que inicialmente foi tratado como um assalto com reféns, acabou sendo esclarecido como uma ocorrência interna envolvendo funcionários armados da própria empresa. As informações foram confirmadas em entrevistas concedidas na madrugada desta sexta-feira (25) pelo comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, Tenente-Coronel Cícero Tenório, e pelo delegado da Delegacia de Homicídios, Fabiano Moza.
Segundo os detalhes apresentados pelo comandante da PM, diversas viaturas da Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros foram mobilizadas após o acionamento da central informando sobre um possível assalto em andamento. Ao chegar ao local, os policiais encontraram um homem caído, já sem vida, no interior da empresa.
Ainda conforme as informações repassadas pelo Tenente-Coronel, os policiais foram recebidos com disparos de arma de fogo assim que chegaram ao endereço. Diante da situação, houve revide por parte da equipe para garantir a segurança dos agentes e a entrada no imóvel. No decorrer da operação, dois homens se entregaram. Ambos são funcionários da própria empresa de segurança. Não foram encontrados indícios de roubo nem de invasores externos.
O delegado Fabiano Moza, responsável pela investigação, também deu detalhes sobre o desenrolar do caso. De acordo com ele, os dois funcionários que estavam no local haviam retornado de uma escolta armada e ligaram para a proprietária informando que estariam sendo vítimas de um assalto. Um desses funcionários estaria em seu primeiro dia de trabalho. Com base nessa informação, a proprietária acionou as autoridades, que trataram o caso inicialmente como um roubo em andamento.
A vítima, que seria outro funcionário da empresa, teria ido até o local verificar o que estava acontecendo. Ao chegar, acabou sendo atingida por disparos efetuados pelos próprios colegas de trabalho. Ainda não se sabe se houve falha de comunicação ou alguma outra motivação, como por exemplo uma armação contra vítima. A identidade do homem que morreu ainda não foi oficialmente confirmada, pois o ele não portava documentos no momento do fato.
A Polícia Científica recolheu as armas que estavam no local e realiza exames para identificar qual delas foi utilizada no disparo fatal. Imagens das câmeras de segurança da empresa estão sendo analisadas pela Polícia Civil, que pretende esclarecer a dinâmica dos acontecimentos.
As autoridades destacaram que, em tese, não houve assalto, reféns ou tentativa de subtração de bens. Os dois homens detidos foram encaminhados à 10ª Subdivisão Policial, onde permanecem à disposição da Justiça. As investigações continuam.