Os processos para a manutenção constante da iluminação pública continuam evoluindo. A Londrina Iluminação (LI), companhia pública municipal e delegatária do serviço, está iniciando agora um amplo programa para extensão de rede elétrica de “Baixa Tensão” (BT) em vários trechos de vias públicas da cidade que ainda não têm luz. A primeira fase está avaliada em R$ 8.030.538,30 para a implantação de 20.000 metros de rede, num prazo de 24 meses. O contrato foi assinado com a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação.
Padrão mais comum na iluminação pública no mundo, as luminárias de ruas e avenidas naturalmente precisam estar conectadas a uma rede elétrica BT energizada para que sejam devidamente acionadas automaticamente à noite, através de relés fotoelétricos. “Sem ela [rede] não tem como as luminárias serem ligadas”, explica o presidente da companhia londrinense, Claudio Tedeschi. “Trata-se [a extensão de rede] de uma nova modalidade de serviço que estaremos implantando permanentemente em Londrina, tudo com o apoio do prefeito Marcelo Belinati”.
Para executar o serviço, a Londrina Iluminação firmou um contrato especial com a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Pavimentação, para a “execução de obras de construção de redes de distribuição de energia elétrica em baixa e média tensão”, mas irá precisar da anuência de cada projeto técnico na Companhia Paranaense de Energia (Copel), que é a concessionária responsável pela distribuição de energia no município.
Os projetos serão executados dentro do sistema daquela companhia, que será a responsável pelas suas aprovações. Uma vez feito o projeto e juntadas outras documentações, eles passarão a fazer a análise dentro de um cronograma próprio. “Somente depois do aval da Copel, e de eventuais correções que eventualmente forem necessárias, é que poderemos ir a campo executar”, salienta a gerente de Planejamento e Projetos da Londrina Iluminação, arquiteta Marcela Ribeiro. Os engenheiros e técnicos da Londrina Iluminação, que fazem os projetos e executam os serviços, já têm a habilitação necessária para implementar as novas redes.
Um projeto piloto já foi executado pela LI em um trecho de 1.860 metros entre o Distrito do Espírito Santo e a localidade conhecida como “Venda dos Pretos”, na Rodovia Mábio Gonçalves Palhano (PR-538, na zona sul). Os serviços, que contemplam ainda a instalação de 53 luminárias LED, foram concluídos e já estão em funcionamento.
Segundo o presidente Claudio Tedeschi, a extensão das redes elétricas no perímetro urbano do município deveria ser, por princípio, uma competência direta da Copel, mas a gestão da LI optou por assumir a responsabilidade para dar mais agilidade nos processos de implementação. “Entendemos que a Copel tem uma grande demanda em todo o Estado. O que estamos procurando fazer, no fundo, é ajudar e tentar atender às demandas de extensão de rede em Londrina com mais agilidade, a fim de levar iluminação pública para o maior número de londrinenses”, explica Tedeschi.
A rede que será implantada pela LI é exclusiva para a iluminação pública. Caso seja necessária uma extensão para imóveis residenciais, comerciais e até industriais, as aprovações, redimensionamento e execuções dos serviços serão de competência exclusiva da Copel.
Locais – Uma relação com os primeiros pontos que receberão a extensão da rede elétrica de baixa tensão já está sendo elencada pelo Departamento de Projetos da Londrina Iluminação. Até agora já foram identificados 18 pontos urbanos e até rurais, número que pode aumentar. Alguns desses locais já estão sendo estudados, e os quatro primeiros projetos, incluindo o trecho da Venda dos Pretos, já foram aprovados pela Copel. Os demais aprovados são: Rua Francisco Alves (atrás da PUC), zona oeste; alça da Avenida Brasília para a Avenida Dez de Dezembro (sentido Ibiporã-Londrina), zona leste; e trecho da Rua Paulo Novaes da Silveira (Jardim Sabará 3), na zona oeste.