Assim como em outras cidades do Paraná, Guarapuava também enfrenta os impactos sociais e de segurança pública relacionados à presença de pessoas em situação de rua. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, cerca de 100 pessoas estão cadastradas e recebem acompanhamento das equipes do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e do Plantão Social. No entanto, a percepção nas ruas é de que esse número pode ser maior, devido a diversos fatores.
Locais como a Praça Cleve, a Praça Nove de Dezembro, em frente à Catedral, e áreas sob o viaduto que liga os bairros Conradinho e Cidade dos Lagos são frequentemente ocupados por grupos. A presença constante tem gerado queixas de comerciantes e moradores, especialmente após episódios de brigas e transtornos em pontos do centro da cidade.
De acordo com a Prefeitura, é importante diferenciar quem está em situação de rua de quem apenas ocupa temporariamente os espaços públicos. As abordagens realizadas pelas equipes sociais não têm caráter punitivo, mas sim de acolhimento e orientação. Entre os encaminhamentos oferecidos estão o acesso ao Albergue Municipal, ao projeto Vidas por Vidas e, quando necessário, passagens para retorno às cidades de origem.
As ações são intensificadas durante o inverno e contam com apoio da Unicentro, por meio dos cursos de Medicina e Veterinária, além da Secretaria de Saúde, Polícia Militar e Setran. A Prefeitura reforça que o objetivo é promover uma abordagem humanizada, oferecendo alternativas para que essas pessoas possam retomar a dignidade e o convívio social.