Como é passar a noite em uma cidade em ruínas e na escuridão total? Um dia após o tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, a escuridão e o silêncio tomaram conta das ruas, interrompidos apenas pelas luzes de veículos de voluntários que percorrem os bairros para oferecer ajuda.
Sem energia elétrica, a única claridade vem dos faróis dos carros e das lanternas improvisadas de moradores que tentam se mover com cuidado entre fios, entulhos e restos do que antes eram casas e comércios. Enquanto registrávamos os cenários de devastação, encontramos dona Nair, que tentava descansar na garagem de sua casa, agora sem telhado.
A preocupação com a segurança é uma das principais entre os moradores. Por isso, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná enviou uma base móvel da Polícia Militar vinda de Curitiba, equipada com um mastro de 30 metros de altura e câmeras que monitoram em tempo real vários pontos da cidade.
Os policiais que operam a unidade explicaram que as imagens são compartilhadas com o centro de comando e que qualquer morador pode acionar o 190 em caso de movimentação suspeita. Durante a madrugada, também foi possível avistar drones noturnos sobrevoando a cidade, reforçando o patrulhamento e a vigilância.
O secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, afirmou que as ações estão sendo intensificadas para garantir tranquilidade à população.