A fiscalização na rua Paranaguá segue intensa e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) manifestou apoio às operações e reconhece que são necessárias. Mas o órgão criticou o horário em que são realizadas, acreditando que vistorias da Vigilância Sanitária, por exemplo, deveriam ser feitas antes dos estabelecimentos abrirem.
A Abrasel estima que empresários do setor perderam de 30% a 50% do faturamento somente no final de semana. A queixa é o excesso de rigor na fiscalização, o que tem afugentado clientes. “A fiscalização foi um pouco árdua para todos. Por mais que tenha tido resultados efetivos por apreensões de motos e carros, todos os estabelecimentos acabam perdendo o faturamento porque as pessoas ficam coagidas de entrar no local sabendo que está tendo blitz ao redor e que podem acabar sendo pegas no bafômetro. Tudo isso traz prejuízos a um setor que já tem sofrido há quase dois anos”, disse o presidente da Abrasel, Leonardo Leão.
Segundo o proprietário de um bar na rua Paranaguá, João Varela, o local foi visitado três vezes por agentes de fiscalização. Ele calcula que nos últimos 15 dias teve queda de 70% no faturamento. “Como proprietário, concordo com a fiscalização, porque espantou as pessoas que não consomem nos bares e ficam fazendo arruaças. Mas eu tive uma queda muito grande também no meu faturamento por conta da blitz intensa na rua. Apenas uma viatura ou a própria guarda patrulhando à pé, seria suficiente”. Disse Varela.
Em reunião realizada na prefeitura nesta segunda-feira (18) foi decidido que as fiscalizações vão continuar na cidade e que poderão ser estendidas a outros locais conhecidos pela grande movimentação de pessoas. As ações serão realizadas na rua Paranaguá diariamente com apoio da Guarda Municipal de domingo à quinta-feira. Às sextas-feiras e sábados, serão realizadas Ações Integradas de Fiscalização Urbana (AIFU).
