Em 2021, o Brasil viveu a pior crise hídrica em 90 anos. Com os níveis baixos dos reservatórios, foi necessário ativar as termelétricas para evitar apagões. Os custos com a geração fizeram a energia elétrica ficar mais cara. Uma nova bandeira tarifária foi criada: a da escassez hídrica. O valor é de R$ 14,20 a cada cem kilowats hora, 50% mais caro que a bandeira vermelha.
A conta de luz nas alturas teve efeito cascata: fez aumentar os custos de produção, principalmente nas indústrias, os produtos que chegaram até o consumidor subiram de preço, pressionando pra cima a inflação.
E mesmo com as últimas chuvas e uma aparente melhora nos reservatórios, o brasileiro não deve ter refresco: as previsões da meteorologia indicam que o fenômeno climático "la niña" não vai dar trégua e a previsão para o verão, principalmente na região sul, é de tempo seco, com longos períodos de estiagem e precipitações abaixo da média da estação.
A conta de luz deve permanecer mais cara em 2022. A Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, prevê que a tarifa deve subir 21.04% neste ano.
A orientação é evitar o aumento no consumo de energia elétrica, principalmente daqueles grandes vilões: eletrodomésticos como ferro de passar roupas e também o ar condicionado.
Outra opção é investir em energia solar. O segmento está aquecido na região norte do Estado, com crescimento de 52% dos serviços entre 2020 e 2021. Em londrina, registrou um salto de 124% nesse período. O economista, Flávio Oliveira, instalou há pouco mais de um ano o sistema e já sentiu o impacto na conta de luz.
