Autoridades de Israel interceptou a embarcação Madleen, na qual estavam ativistas que tentava levar ajudar humanitária para a Faixa de Gaza. Entre eles, a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila. A Coalizão Flotilha da Liberdade, que organizou a expedição, publicou uma foto dos indivíduos com as mãos levantas dentro do barco.
O brasileiro que faz parte do grupo é um ativista e bastante ativo nas redes sociais. No Instagram, ele conta com mais de 797 mil seguidores e se dedica a postagens sobre causas humanitárias em diversos países, como Líbano e Cuba, além de outras pautas ligadas a questões ambientais e direitos humanos.
Ele atua como membro do comitê diretor da Coalizão Flotilha da Liberdade e já foi candidato a deputado federal pelo PSOL em 2022.
Interceptação
Militares de Israel interceptaram e assumiram o controle, na madrugada desta segunda-feira (08/06), de um barco de ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza. O veleiro Madleen, parte da iniciativa internacional "Flotilha da Liberdade", levava 12 ativistas a bordo, incluindo a sueca Greta Thunberg. A embarcação, com bandeira britânica, havia partido da Sicília, na Itália, em 1º de junho. Segundo os organizadores, a missão visava entregar ajuda humanitária, romper o bloqueio israelense e dar visibilidade ao sofrimento da população palestina.
Entre os passageiros estavam, além do brasileiro Thiago Ávila, a sueca Greta Thunberg, a alemã Yasemin Akar, e a eurodeputada francesa Rima Hassan. Os ativistas afirmam que o veleiro transportava itens essenciais como fórmula infantil, alimentos, fraldas, produtos de higiene feminina, kits de dessalinização, suprimentos médicos e próteses infantis. Apesar da carga limitada, o grupo ressaltou o simbolismo da ação diante da crise humanitária em Gaza.
A iniciativa buscava chamar a atenção internacional para o bloqueio israelense, em vigor desde março, que tem dificultado a atuação de organizações humanitárias na região que abriga cerca de 2 milhões de pessoas em situação crítica. Os organizadores da missão afirmam que o gesto é uma forma de pressionar a comunidade internacional a reagir à crise humanitária.
Pedido de liberação
O governo brasileiro apelou ao princípio de liberdade de navegação em águas internacionais e pediu que Israel libere imediatamente os tripulantes do Madleen.
O Itamaraty ainda pediu que o o país retire “todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino”.
Após a interceptação, a família de Thiago Ávila assumiu o perfil dele nas redes sociais e denunciou o que chamou de sequestro. “Precisamos da sua mobilização para garantir a integridade dos voluntários e aumentar a pressão para o romper o cerco ilegal à gaza”, diz uma das mensagens publicadas.
A esposa de Ávila, Lara, também divulgou um vídeo no qual pediu que cidadãos cobrassem as autoridades brasileiras ações para que o ativista brasileiro seja liberado e retorne ao Brasil.
*Com informações de Deutsche Welle.