Economia

Desemprego fecha 2º trimestre em 6,9%, menor taxa para o período em 10 anos

31 jul 2024 às 17:47

A taxa de desemprego no Brasil recuou a 6,9% no trimestre encerrado em junho, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O recuo coloca o percentual de desocupados com 14 anos ou mais no país no menor nível desde 2014, quanto a taxa também foi de 6,9%. O patamar é ainda o menor de toda a série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), coletada desde 2012, para o período.


O que diz a Pnad


O patamar de desemprego no Brasil é o menor nível em dez anos. A taxa do segundo trimestre de 2024 é inferior à apurada nos três meses anteriores (7,9%). Já no mesmo período do ano passado, o patamar de desocupados totalizava 8%.


Na comparação entre todos os meses, o desemprego é o menor desde dezembro de 2014. No trimestre encerrado naquele mês, 6,6% da população estava em busca por uma vaga de emprego. O menor percentual da série, de 6,3%, foi apurado em dezembro de 2013.


Indicador aparece abaixo da metade da maior taxa da série. Os números do IBGE destacam que a atual taxa de desemprego caiu 8 pontos percentuais desde o trimestre finalizado em março de 2021. No período marcado pela pandemia de Covid-19, o Brasil tinha 14,9% de desempregados.


Total de pessoas em busca por uma colocação soma 7,54 milhões. O número é o menor desde fevereiro de 2015, quando 7,51 milhões de pessoas não tinham trabalho e procuravam por uma colocação. No mesmo período do ano passado, o volume de desocupados somava a 8,65 milhões. Já no trimestre encerrado em maio deste ano, 7,78 milhões procuravam por emprego no país.


Número de profissionais no mercado de trabalho bate novo recorde. Segundo o levantamento, a população ocupada atingiu 101,8 milhões, maior valor já apurado pela série. O resultado representa um aumento de 1,6% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano.


Emprego formal também atinge maior nível desde 2012. O número de funcionários do setor privado (52,2 milhões) renovou o recorde observado nos últimos trimestres. O volume é impulsionado pelo contingente de trabalhadores com carteira (38,4 milhões) e sem carteira assinada (13,8 milhões).


Observa-se a manutenção de resultados positivos e sucessivos. Esses recordes de população ocupada não foram impulsionados apenas nesse trimestre, mas são consequência do efeito cumulativo de uma melhoria do mercado de trabalho em geral nos últimos trimestres.

Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.


Comércio, administração pública e atividades de informação e comunicação guiam resultado. Segundo Adriana, os segmentos apresentaram alta da ocupação. "Esses três setores absorvem um contingente muito grande de trabalhadores, de serviços básicos e também de serviços mais especializados", observa ela.