O dólar comercial alcançou a marca de R$ 6,00 na tarde desta terça-feira (8). É a primeira vez que a divisa chega a esse patamar desde 22 de janeiro.
O valor chegou a esse patamar às 14h14 (horário de Brasília), pouco tempo depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor taxas de 104% sobre as importações chinesas após o fim do prazo dado pelo americano para que os asiáticos retirassem a retaliação feita contra os produtos americanos.
Em resposta ao “tarifaço” imposto pelo magnata na última semana, que taxou os produtos de Pequim em 34%, o governo chinês anunciou que retaliaria o governo americano impondo uma tarifa igualitária sobre os produtos do país de Trump.
Pelas redes sociais, o bilionário afirmou que se a China não retirasse “seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas de 50%, com efeito em 9 de abril”.
Mais cedo, antes de encerrar o prazo, Trump escreveu que os asiáticos queriam negociar, e que ele estava esperando uma ligação – o que não aconteceu. "A China também quer fazer um acordo, muito, mas eles não sabem como começar. Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!", disse Trump.
O governo chinês, por sua vez, demonstrou resiliência e prometeram lutar até o fim se os Estados Unidos insistirem em intensificar a guerra comercial e tarifária.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que as ações do lado americano não demonstraram nenhuma disposição genuína para um diálogo sério. Além disso, o porta-voz citou que o país irá tomar todas as contramedidas necessárias para proteger seus interesses.
A pasta afirmou que as contramedidas anunciadas na última sexta-feira por Pequim, que incluem uma taxa de 34% sobre todos os produtos comprados dos EUA, são "completamente legítimas" e "visam proteger sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, e manter uma ordem comercial internacional normal".