Economia

Eficiência gerou bons resultados da Petrobras, avalia diretoria

10 nov 2025 às 10:28

O aumento da eficiência das plataformas da Petrobras permitiu que a companhia registrasse lucro no terceiro trimestre, segundo avaliação do colegiado de diretores executivos.


Dados da estatal mostram que o conjunto de plataformas apresentou um ganho de eficiência 4% maior que o verificado no terceiro trimestre de 2024 — o equivalente à entrada em operação de uma nova plataforma.

A diretora executiva de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, explicou que esse avanço corresponde a uma unidade com capacidade de 160 mil a 180 mil barris por dia.


O fator de utilização das refinarias (FUT) atingiu 94% no período. “Esse resultado foi extraordinário”, comemorou William França, diretor de Processos Industriais e Produtos.


Ele destacou que o desempenho está relacionado à logística produtiva e ao foco em produtos de maior valor agregado, como diesel, gasolina e querosene de aviação, reduzindo a produção de derivados de menor valor comercial.


O balanço da Petrobras, divulgado na quinta-feira (6), aponta produção de 3,14 milhões de barris de óleo por dia e um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões, aumento de 23% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

Brent


O diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores, Fernando Melgarejo, ressaltou que o resultado foi alcançado mesmo com a queda do preço do petróleo brent, que passou de US$ 80,18 para US$ 69,07 por barril — redução de 13,85%.


Ele afirmou que, apesar do cenário desafiador, a Petrobras elevou sua eficiência em várias frentes, gerando valor para acionistas e para a sociedade.


O Conselho de Administração aprovou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos. Entretanto, Melgarejo descartou dividendos extraordinários: “Não temos caixa excedente para distribuir”.


Sem congelamento


O diretor executivo de Logística, Comercialização e Mercados, Claudio Schlosser, afirmou que a companhia evita repassar rapidamente a volatilidade do mercado internacional aos preços praticados nas refinarias.

Segundo ele, trata-se de uma estratégia comercial, e não de congelamento: “Os preços vigentes não indicam perda de rentabilidade”.