A briga nos bastidores da bola está forte. Depois de condenar publicamente a escalação de Ramon Abatti Abel para apitar o clássico contra o Atlético-MG, nesta noite, pelas quartas de final da Copa do Brasil, o Cruzeiro contrata um ex-árbitro para "ser o representante do Cabuloso (sic)..., atuando junto à CBF", de acordo com comunicado publicado ontem.
Dentre outras funções internas, como instruir jogadores e comissão técnica, ele terá um papel institucional de representar o clube mineiro em reivindicações na Confederação Brasileira de Futebol. Ou seja, não caberá mais ao diretor-executivo da Raposa, Paulo Pelaipe, esse papel.
A prática é comum, infelizmente, no país. Quem não chora, não mama, diz o ditado. Boa parte das agremiações que disputam as séries A e B costuma reclamar do juiz escolhido para jogos decisivos nos dias que antecedem determinados cotejos. A pressão condiciona, inclusive, a reação dos torcedores. Isso faz mal ao esporte!
Leonardo Gaciba tem 54 anos, é gaúcho e chegou a fazer parte do quadro da FIFA. Em 2010, largou o apito para se tornar comentarista na televisão.
Nove anos depois, numa decisão polêmica de Rogério Caboclo, então presidente da entidade que rege o futebol do país, foi escolhido comandante da Comissão Nacional de Arbitragem, cargo que ocupou por dois anos. Ou seja, tem trânsito na Barra da Tijuca, bairro carioca onde fica a sede da CBF.
Institucionalização do chororô? O Cruzeiro dá um passo adiante no lobby do apito. Vejamos qual será a reação dos concorrentes.