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Defesa de Bruno Henrique diz que atacante sequer cometeu falta em lance investigado

Jogador do Flamengo é suspeito de manipulação de apostas por um vermelho recebido em um jogo contra o Santos em 2023
12 nov 2024 às 16:02
Por: Band
- Marcelo Cortes/Flamengo

A defesa do atacante Bruno Henrique se manifestou nesta terça-feira (12) sobre a investigação envolvendo uma suposta manipulação de apostas por parte do jogador, alvo de uma operação de Polícia Federal na última semana. 


Segundo o advogado do atleta, foi protocolado no último sábado o arquivamento do caso, usando como argumento o fato do jogador ter sido absolvido no STJD sobre a suspeita. A defesa ainda ressaltou que o lance em que o atacante foi expulso por ofender o árbitro sequer foi falta. 


“É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta”, diz a nota. 


A partida investigada aconteceu em novembro de 2023, pelo Campeonato Brasileiro da Série A, entre Flamengo e Santos, no Mané Garrincha, em Brasília. O árbitro Rafael Klein, inicialmente, mostra o cartão amarelo para Bruno Henrique por uma falta em Soteldo. O atacante Rubro-Negro se irrita bastante e reclama com o juiz, que mostra o vermelho logo em seguida.


As investigações apontam que existem provas de que o atacante forçou a punição com o objetivo de ajudar parentes a ganhar as apostas. O MP destaca que pelo histórico do atacante nos dois anos anteriores, a perspectiva de punição dele durante a disputa era na casa de 20%, mas em ao menos duas casa de apostas, houve uma procura em torno de 90% pelo palpite da punição do atleta no dia do duelo contra o Santos.

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“O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida”, diz o comunicado da defesa de Bruno Henrique. 


Leia a nota da defesa de Bruno Henrique 


Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.


É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.


O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.


Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.


Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada.

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