Para fazer pelo menos 3 gols no jogo contra a LDU e ter chances de se classificar na Libertadores, o Palmeiras terá que superar um zagueiro de grande destaque: o haitiano Ricardo Adé tem sido o melhor zagueiro do Equador e já está na mira do Fluminense. Ele enfrentou um grande drama na carreira, mas tem acumulado títulos nos últimos anos.
Adé começou a jogar no Baltimore, um clube amador do Haiti. Mas logo depois começaram as dificuldades.
- Adé juntou as economias dos pais para viajar até a Tailândia
- Quando chegou lá, descobriu que era um golpe, ficou abandonado e teve que morar na rua por 3 meses
- Quando conseguiu voltar para o Haiti, jogou em um time local, Dom Bosco
- Depois foi para os EUA, mas só jogou na 4ª liga em importância, pelo Miami United
- Virou profissional de fato na 2ª divisão chilena, pelo Santiago Morning, aos 26 anos
No Chile, Adé começou a chamar atenção pela força física, impulsão e bom posicionamento. Foi contratado pelo Magallanes em 2019 e, pouco depois, em 2021, recebeu a primeira chance no Equador. Desde então o haitiano só tem crescido na carreira
- O Mushuc Runa, time com raízes indígenas, foi o primeiro time de Adé no Equador, em 2021
- Ele chamou atenção, foi contratado pelo Aucas e conquistou o Campeonato Equatoriano de 2022
- Logo depois chegou na LDU e já conquistou 4 títulos: 2 campeonatos equatorianos, uma Supercopa nacional e a Copa Sul-Americana de 2023
- Adé virou ídolo e ficou conhecido como Pantera Negra, porque é fã do filme e comemora com o mesmo gesto do personagem
Último drama
Apesar do sucesso, Adé não tem visto a família que mora no Haiti. Os parentes dizem que, por causa dos conflitos civis no país, ele corre risco de ser sequestrado.
Adé na mira de times brasileiros
De acordo com o site Bola Vip, dois clubes brasileiros já sondaram a LDU para contratar Adé: o Internacional e o Fluminense.
Mas o site El Futbolero destaca que o Flu é o time mais engajado, por causa do técnico Zubeldía, que treinou Adé na LDU e conhece a qualidade dele.
A imprensa estima que a LDU quer 2 milhões de dólares por Adé, mas admite que a idade dele, 35 anos, dificulta a negociação por esse valor.