O ex-jogador e ídolo da Seleção Brasileira, Ronaldo Fenômeno, desistiu de sua candidatura à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) após não conseguir o apoio necessário de federações estaduais e clubes. Para registrar sua candidatura, era necessário obter o respaldo de pelo menos quatro federações e quatro clubes, requisito que não foi cumprido.
O ex-jogador procurou representantes de federações e clubes
para discutir seu projeto, realizando contatos diretos e reuniões presenciais
com figuras influentes no futebol brasileiro. Em suas tentativas, ele destacou
a necessidade de reformas na CBF, citando a falta de transparência e a gestão
centralizada da entidade.
No entanto, as federações não demonstraram interesse em
apoiar a candidatura de Ronaldo, com muitas delas afirmando estar comprometidas
com a continuidade da gestão de Ednaldo Rodrigues, atual presidente da confederação. A
resposta foi que a administração de Ednaldo, em sua visão, tem promovido
importantes investimentos no futebol brasileiro, incluindo a valorização de
categorias de base, futebol feminino e projetos sociais.
Embora houvesse consenso sobre a necessidade de mudanças na
entidade, os dirigentes temiam os riscos de uma oposição organizada e as
consequências de uma eventual derrota, que poderia resultar em mais um mandato
de Ednaldo. Com a desistência de Ronaldo, o caminho ficou mais livre para que o
atual presidente busque sua reeleição.
Ednaldo tem até março de 2026 para convocar a eleição, e,
dado o cenário favorável, espera-se que ele resolva a questão de sua reeleição
em breve.
Ronaldo, em entrevistas anteriores, já havia apontado
dificuldades no sistema eleitoral da CBF, que considera desfavorável para novas
candidaturas. Ele destacou a dependência das federações em relação aos
benefícios financeiros da CBF e como isso limita a possibilidade de oposição.
Mesmo assim, o ex-jogador afirmou que seu projeto visava mudanças estruturais e
melhorias no futebol brasileiro.