Tim Mayer anunciou nesta sexta-feira (17) que desistiu de concorrer à presidência da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), em pleito marcado para assembleia da entidade no mês de dezembro, em Tashkent (Uzbequistão).
Ex-comissário da Fórmula 1, o norte-americano alegou falta de apoio de outros integrantes da federação para a disputa. Assim, optou por abrir mão da candidatura de sua chapa, batizada de FIA Forward, conforme explicou em pronunciamento realizado em Austin, no estado norte-americano do Texas.
“A eleição para a presidência da FIA acabou, mas nossa campanha não, e nem a nossa missão de proteger a integridade e a reputação da FIA”, disse Mayer no início do pronunciamento.
Desde que anunciou os planos em julho, Tim Mayer – filho de Teddy Mayer, um dos fundadores da McLaren – havia comparecido a todas as etapas do calendário da Fórmula 1 em busca de apoio.
Segundo o dirigente, o estatuto da FIA determina que cada candidatura apresente até o dia 24 de outubro uma lista que inclua o apoio de um vice-presidente de cada região do mundo. Estes, por sua vez, devem ser escolhidos entre nomes já indicados para cargos no Conselho Mundial de Automobilismo – uma lista que, segundo o agora ex-candidato, “já é 27% menor do que na última eleição”.
“Se houver apenas um representante de uma região específica, e essa pessoa já tiver declarado apoio ao titular, qualquer candidato presidencial fica sem chance de se candidatar”, explicou.
Sem Tim Mayer, o atual presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem, é considerado favorito à reeleição. Ele deverá concorrer contra a suíça Laura Villars e a belga Virginie Philippot. Para o norte-americano, as duas também não têm chances.
“Desta vez, não haverá eleição. Não haverá debate de ideias, nenhuma comparação de visões, nenhum exame de lideranças. Haverá apenas um candidato – o atual – e isto não é democracia. Isto é uma ilusão de democracia.”