A Justiça Federal do Paraná condenou um cacique do povo Avá-Guarani a 15 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por tentativa de latrocínio contra dois agentes da Força Nacional.
O caso ocorreu em 6 de setembro de 2024, durante uma operação de patrulhamento em uma área ocupada por indígenas, no município de Terra Roxa, no Oeste do Paraná.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o líder indígena comandava um grupo de cerca de 30 pessoas, armadas com arcos e flechas, que cercaram viaturas da Força Nacional.
Durante o confronto, o cacique teria tomado um fuzil de um dos agentes e tentado disparar contra dois policiais, mas a arma estava travada.
Vídeos feitos por moradores registraram o momento em que os agentes foram cercados em uma estrada rural. Ainda segundo o MPF, a intenção era manter a posse da arma, o que caracteriza tentativa de latrocínio, roubo seguido de tentativa de morte.
A defesa do cacique alegou “crime impossível”, já que o tiro não foi efetuado. No entanto, a tese foi rejeitada pelo juiz federal, que destacou que a consumação do crime só não ocorreu por circunstâncias alheias à vontade do réu.