A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba confirmou nesta segunda-feira (27/10) a morte de uma criança de 6 anos por doença invasiva causada por estreptococo do grupo A (iGAS). O óbito ocorreu no último dia 24 e estava em investigação.
O que é a iGAS
A infecção é rara, porém grave, e ocorre quando a bactéria Streptococcus pyogenes, responsável por amigdalite e escarlatina, penetra na corrente sanguínea ou em tecidos profundos. Os casos podem evoluir para pneumonia grave, meningite, fasciíte necrotizante ou choque tóxico.
Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, a transmissão ocorre por gotículas de saliva e também pelo contato com lesões de pele de pessoas infectadas.
Ação de rastreio
A Vigilância Epidemiológica realizou nesta segunda-feira uma ação na escola onde a criança estudava. Colegas de turma, considerados contatos próximos, passaram por coleta de orofaringe com swab para exames laboratoriais. Familiares também foram avaliados.
A secretaria não recomendou o cancelamento das aulas nem o afastamento de alunos saudáveis. A orientação é que os responsáveis fiquem atentos a sinais de infecção como febre e dor de garganta, com ou sem vermelhidão pelo corpo.
Sinais de alerta
De acordo com a médica infectologista da SMS, Marion Burger, devem procurar atendimento de urgência aqueles que apresentarem febre persistente após 24 horas de tratamento com antibióticos, sonolência, fraqueza intensa ou vômitos repetidos.
Prevenção
Não há vacina contra o estreptococo do grupo A. O tratamento da forma invasiva é considerado emergência médica e requer atendimento imediato com antibióticos intravenosos.
Entre as medidas para reduzir o risco de transmissão estão: higienização das mãos, evitar compartilhar utensílios, manter ferimentos limpos e ambientes bem ventilados.