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Estado lança projeto de mestrado exclusivo para servidores públicos

A proposta é oferecer desenvolvimento profissional e técnico para estimular a produção científica e a modernização da administração pública
24 abr 2025 às 10:44
Por: Agência Estadual de Notícias
Foto: Durval Ramos/SEFA

O Governo do Paraná lançou nesta terça-feira (22) um projeto-piloto de capacitação de servidores efetivos e comissionados com a criação de cursos de mestrado e pós-graduação exclusivos voltados para a gestão pública. A proposta é oferecer desenvolvimento profissional e técnico para estimular a produção científica e a modernização da administração.


A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) é a primeira a participar da iniciativa com o programa de mestrado em Economia ofertado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ao todo, são 25 vagas exclusivas para servidores da pasta e da Receita Estadual, que acompanharão as aulas em formato híbrido em conexão direta com a instituição e seus professores.


Segundo o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, a pasta servirá de modelo para o desenho de novas parcerias com outras secretarias no futuro. “Trata-se de um programa inovador focado na qualificação do serviço público em que a sociedade é quem sai ganhando. Queremos trazer a pesquisa para dentro do Estado e fazer com que a inovação seja pensada a partir da lógica da gestão pública e da realidade que temos aqui no dia a dia”, afirma.


NOVAS MENTES – E foi essa busca por novas ideias e por uma “oxigenação do serviço público” que motivou a criação desse projeto-piloto que, de acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, deve ser expandido para outras áreas do governo estadual em breve.


“Este mestrado é o começo daquilo que vamos oferecer a todos os servidores públicos, de todas as secretarias de Estado: a oportunidade de realizar mestrados e doutorados nas nossas universidades estaduais nos programas existentes com vagas ordinárias e extraordinárias”, explicou Bona. “A administração pública tem sido cada vez mais desafiada e é para superar isso que estamos colocando a estrutura de todas as nossas universidades à disposição dos servidores que queiram traçar o caminho da formação em nível de pós-graduação stricto sensu”.

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O secretário ainda destaca que a proposta foi amplamente apoiada pelo próprio ambiente acadêmico, como no caso da UEPG, que aceitou o desafio de expandir seu programa de mestrado com esses novos alunos. “Acho que foi o programa articulado com a maior celeridade que eu já vi em termos de acesso à pós-graduação. Isso demonstra que o programa foi bem acolhido por ser uma ideia pioneira”, acrescentou Bona.


ESCOLHA ESTRATÉGICA – A escolha da Sefa para iniciar o programa não foi por acaso. A partir da Diretoria do Tesouro (DTE) e da Escola Fazendária (EFAZ), a secretaria foi uma das idealizadoras do projeto ao lado da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da própria UEPG. Além disso, o próprio caráter técnico da secretaria colaborou para fazer dela a estreante do projeto – como explica o diretor-adjunto do Tesouro Estadual, João Marques.


Segundo ele, como uma ciência aplicada, a Economia oferece ferramentas indispensáveis para a análise de cenários macroeconômicos, avaliação de impactos fiscais, projeção de receitas e despesas, modelagem de políticas tributárias e financeiras – além da compreensão dos efeitos das decisões econômicas nos diversos níveis de governo.


“Por isso mesmo, oferecer um mestrado nessa área tão importante é estratégico para elevar a capacidade analítica e técnica da equipe, com impactos diretos sobre a formulação, execução e avaliação das políticas públicas voltadas à sustentabilidade das finanças estaduais e à gestão fiscal do Estado do Paraná”, diz Marques.


Para isso, os servidores terão as mesmas 360 horas de aula que os alunos de um mestrado tradicional, com direito a disciplinas como Econometria, Microeconomia e Macroeconomia, além de Métodos Quantitativos. A diferença é que o programa traz a sala de aula para dentro do ambiente da secretaria, facilitando o acesso às aulas e as encaixando à rotina do dia a dia.


ESTÍMULO À PESQUISA – Embora a capacitação contínua dos servidores seja algo que traz benefícios diretos à gestão pública, a internalização dos programas de mestrado oferecidos pelo Paraná visa também estimular a pesquisa da própria comunidade acadêmica — ou seja, para os alunos regulares. Com isso, espera-se a criação de inovações que tornem o Estado ainda mais eficiente.


No caso da pós-graduação em Economia, a Sefa vai subsidiar cinco bolsas para que os alunos que venham a ingressar no mestrado da UEPG desenvolvam suas pesquisas na área de finanças públicas. Dessa forma, a secretaria capacita o seu quadro enquanto fomenta o interesse em outros estudantes e pesquisadores a desbravar as finanças públicas estaduais.


“Isso gera um ciclo virtuoso: política pública fomenta a produção de conhecimento aplicado à própria gestão fiscal”, explica Norberto Ortigara. “Acreditamos no conhecimento como motor da boa gestão pública e este mestrado é um marco nessa direção. Queremos formar profissionais com sólida base técnica para lidar com os desafios da gestão pública moderna”.


Além desse incentivo, o mestrado pode servir de trampolim para novas oportunidades acadêmicas, como a de um doutorado profissional também em Economia. Nesse caso, o Governo do Paraná está articulando uma parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) para garantir essa ponte nos estudos e nas pesquisas na área em 2026.


A aula inaugural da primeira turma de mestrado aconteceu nesta terça-feira e contou com uma apresentação do projeto como um todo, além da própria ementa do programa para os novos alunos.


PRESENÇAS - Participaram também o reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto; o coordenador do Mestrado em Economia da instituição, Celso José Costa Junior; o diretor-geral da Sefa, Luiz Paulo Budal; o diretor de Ensino Superior da Seti, Michel Jorge Samaha; a diretora do Tesouro Estadual, Carin Deda; e o diretor da EFAZ, Mário Brito.

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