A Justiça do Paraná aceitou a denúncia contra o homem acusado de manter a enteada em cárcere privado por 22 anos. Ele virou réu por oito crimes: estupro, estupro de vulnerável, estupro coletivo, registro não autorizado da intimidade sexual, perseguição, dano emocional, cárcere privado qualificado e constrangimento ilegal.
O caso foi registrado em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, e tramita em sigilo. A advogada da vítima, Carina Goiatá, destacou a importância da celeridade entre o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público e a aceitação pela Justiça. O próximo passo é marcar a audiência de instrução.
Os crimes contra a vítima começaram quando ela tinha sete anos. Aos 16, ela engravidou e se casou com o réu, com quem teve três filhos. Em depoimento, a jovem relatou que era mantida em cárcere privado, monitorada por câmeras, e obrigada a se relacionar com outros homens, com os abusos sendo filmados.
Segundo a advogada, além de apoio jurídico, a vítima e a família recebem apoio psicológico. Aos poucos, a jovem tenta reconstruir a vida. A Band não conseguiu contato com a defesa do réu até o momento.