O Tribunal de Justiça do Paraná revogou a prisão domiciliar do ex-policial penal e bolsonarista Jorge Guaranho, que foi condenado por matar o guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu.
Na decisão, o TJ-PR detalha que o Complexo Médico Penal tem capacidade de prestar assistência a Guaranho. A unidade prisional é destinada a presos condenados e provisórios em tratamento de saúde.
No mês passado o ex-policial penal foi condenado em júri popular a 20 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil e perigo comum. Na sequência, ele teve o direito de cumprir a pena em casa por causa de problemas de saúde.
Desde então, o Ministério Público do Paraná sustentava que Guaranho deveria voltar à prisão. Neste período, o ex-policial passou por uma nova avaliação médica que constatou que o condenado precisa de atendimento de equipe multidisciplinar.
Relembre o caso
Jorge Guaranho abriu fogo durante uma festa de aniversário de Marcelo Arruda, que comemorava os 50 anos. A celebração tinha como tema o PT e o então candidato, hoje presidente, Lula. Segundo o Ministério Público, o assassinato aconteceu por divergências políticas.
Arruda, que era guarda municipal, também estava armado e reagiu. Segundo a perícia, Guaranho foi atingido por seis disparos de arma de fogo e recebeu chutes na cabeça de três convidados da festa.
O réu passou um mês internado em hospitais. Ele ficou preso no Complexo Médico Penal de Pinhais temporariamente de agosto de 2022 a setembro de 2024, quando teve a permissão de cumprir prisão domiciliar.