Política

Associação Paranaense do Ministério Público reage às declarações de Boca Aberta

21 mai 2021 às 16:58

A Associação Paranaense do Ministério Público (APMP) se pronunciou, nesta sexta-feira (21), sobre as declarações do Deputado Federal Boca Aberta contra o promotor de Justiça Renato de Lima Castro. Segundo a entidade, providencias de natureza civil e criminal serão tomadas contra o parlamentar.

“As recentes manifestações do Deputado Federal Boca Aberta que chegaram ao conhecimento da nossa entidade de classe nas últimas horas, nos causaram perplexidade”, disse o presidente da APMP, André Tiago Pasternak Glitz.

Segundo a associação, os ataques ocorreram dentro do contexto em que Renato de Lima Castro ajuizou duas ações civis públicas, no dia 20 de maio, contra este mesmo deputado estadual, investigado por ato de improbidade administrativa. As investigações apontaram a possível existência de um esquema criminoso (“rachadinhas”) de exigências de vantagens indevidas para pagamentos de despesas pessoais do parlamentar estadual e de seus familiares, por meio de salários de assessores comissionados.

Boca Aberta teria se pronunciado contra o promotor diversos veículos. Em entrevista ao Tarobá Notícia, disse que há uma perseguição contra a sua família. “O promotor está perseguindo a gente desde o ano passado, quando entrou com pedido a cassação contra o meu filho”, afirmou o deputado.

De acordo com o presidente da APMP, a associação decidiu adotar uma série de providencias visando responsabilizar o deputado e a reparar os danos causados por ele à imagem do promotor de Justiça. Segundo a associação, as palavras proferidas pelo parlamentar, para além de não encontrarem respaldo na realidade, atentam contra o estado democrático de direito e em nada contribuem para o aperfeiçoamento das instituições e para a proteção dos direitos e interesses da população.

“Serão adotadas, portanto, nos próximos dias, providencias de natureza civil e criminal, além de uma representação por parte da nossa entidade de classe junto ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, para que a Casa avalie a conduta do deputado”, explicou Glitz.