O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas, afirmou nesta sexta-feira (6) que a pressão dentro do partido está crescendo para que o ministro do Esporte, André Fufuca, deixe o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Nogueira, Fufuca não deveria ter aceitado o cargo e a decisão sobre sua permanência não pode ser postergada.
A insatisfação entre partidos do Centrão e legendas de centro e centro-direita tem aumentado diante da recente reforma ministerial, que priorizou nomes do PT, como Alexandre Padilha na Saúde e Gleisi Hoffmann na Secretaria das Relações Institucionais. Além disso, a queda na popularidade de Lula tem levado essas siglas a reavaliarem sua posição na base governista.
Embora a nomeação de Fufuca e a indicação de Carlos Antônio Vieira para a presidência da Caixa Econômica Federal tenham ocorrido por articulação do então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Nogueira enfatizou que o Progressistas nunca integrou oficialmente o governo. Ele declarou que a presença de Fufuca no ministério gera constrangimento e que discutirá a situação com lideranças partidárias.
O Palácio do Planalto reconhece o desconforto também em outras siglas, como MDB, PSD, União Brasil e Republicanos, e pretende ampliar o diálogo com esses partidos para conter a crise. Nos bastidores, a movimentação de Ciro Nogueira é vista como uma tentativa de fortalecer sua aliança com Jair Bolsonaro, de quem é aliado, visando as eleições de 2026, seja para o Senado ou como possível candidato a vice-presidente em uma chapa da oposição.
*Com informações da Band