Na reunião do Brics, Lula adotou um tom moderado em relação ao discurso da Rússia e China que rivalizam com as potências do Ocidente. Os países querem uma postura mais agressiva do bloco em relação às maiores potências da região, enquanto o Brasil prefere moderação.
Durante a participação por videoconferência, o presidente defendeu que o mundo não seja dividido entre amigos e inimigos. Lula repudiou a guera no Oriente Médio e defendeu uma negociação de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia.
E defendeu meios alternativos de pagamento no comércio global, que hoje é baseado no dólar. Essa vem sendo uma das principais bandeiras defendidas por Lula e Vladimir Putin.
Ao abrir a reunião, Putin, presidente da Rússia, disse que o novo Brics, agora com 10 membros, é sólido e unido. Ele bateu na tecla da cooperação financeira e defendeu a expansão do bloco. Para Putin, o encontro em solo russo é um palanque para fortalecer uma plataforma antiocidental.
Com mais de dois anos em guerra contra a Ucrânia, o governo russo sofre sanções econômicas pesadas e tem construídos novas alianças políticas e econômicas. A expectativa agora é pela definição dos novos parceiros do Brics. Mais de 30 manifestaram interesse. A decisão cabe aos chefes de estado dos países membros do bloco.
Já um esboço circulando aqui em Kazan, com uma lista de 13 nações. Por pressão do Brasil, Nicarágua e Venezuela, ditaduras das quais o governo Lula tem se afastado, ficaram fora dos cotados.