O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (3) manter a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
O militar está preso desde dezembro de 2024, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na decisão, Moraes ressaltou que Braga Netto foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão e ao pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“O término do julgamento do mérito da presente ação penal e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/2023, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal”, escreveu o ministro.
Durante a investigação, a Polícia Federal apontou que o general, apontado como um dos principais articuladores da trama golpista, tentou acessar dados sigilosos da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A defesa de Braga Netto nega que ele tenha tentado obstruir as investigações.
*Com informações da Agência Brasil.