Política

Novato e cristão, vereador Giovani Mattos diz que vai separar política e religião

25 nov 2020 às 12:56

O sonho de ser vereador se realizou bem cedo para Giovani Mattos. Já na primeira eleição, o consultor de negócios de 27 anos conseguiu a marca de 2504 votos e conquistou a cadeira no Legislativo de Londrina pelo Partido Social Cristão (PSC). É um dos mais novos da Câmara que toma posse no próximo 1º de janeiro de 2021.

Durante a campanha, contou que não abriu mão da família por perto, símbolo de toda a sua jornada, que dispensou dinheiro público. E ainda brincou: se até a sogra confiou nele, é realmente uma pessoa ‘gente boa’. Mas após a primeira batalha vencida, a preparação é bem diferente para se tornar um legislador. 

“Eu decidi ser candidato cheio de ideias. Mas como fazer com que essas ideias virem projetos? A rotina da Câmara eu sei que vou aprender. Eu estou montando uma equipe técnica, com pessoas que já estão na Câmara, advogados e administradores e, como colocar em prática, eu vou aprender agora”.

O novato não teme preconceito, acredita em um mandado independente a acha que a falta de vícios políticos pode contar a favor. Mas as ambições já apontam. Contador formado, está de olho nas Comissões de Desenvolvimento Econômico e Agronegócio e de Finanças e Orçamento.

Filho de pastor da Igreja Assembleia de Deus, Giovani Mattos crê que conseguir separar política e religião na hora de tomar de decisões. Apoia a liberdade religiosa, por não acreditar que isso não seja uma questão de fé, simplesmente, mas pelo papel que ela têm na sociedade. 

“Obviamente, eu não vou legislar com a Bíblia na mão, a gente tem as leis. Mas eu tenho princípios em mim, que são, sim, fundamentados na Bíblia e na palavra de Deus.”

O vereador eleito se diz de direita, mas não um bolsonarista. É a favor do diálogo e da diplomacia. Chegando à Câmara, quer focar na flexibilização do comércio e quer, também, ser o elo entre poder público e a classe econômica da cidade. 

Acredita que saúde e economia andam juntas e que as pessoas precisam se conscientizar sobre os riscos da pandemia. “Acho muito rígido falar em lockdown, porém as pessoas precisam ter consciência que as orientações têm que ser seguidas. Mas as pessoas precisam trabalhar”.