Política

Polêmico nas redes sociais, Santão acredita em um mandato de diálogo

30 nov 2020 às 13:31

No topo da carreira da Polícia Rodoviária Federal, Claudinei Pereira dos Santos, o Santão, decidiu se candidatar a uma vaga na Câmara dos Vereadores de Londrina e foi eleito. 

Os 1839 votos que conseguiu, ele acredita serem de pessoas que, como ele, defendem a família e o cidadão de bem. Filiado ao Partido Social Cristão, não estará sozinho nessa Legislatura. De ideologia de direita assumido, terá companhia de outro vereador de legenda e outros futuros parlamentares que se declaram com a mesma posição. Mas o dono de ponderações polêmicas nos perfis no Youtube e Facebook garante que sabe ouvir e quer aprender.

“Tudo o que eu já fiz na minha vida eu tive que aprender. Dialogar, eu sempre dialoguei. Agora, eu mudo de opinião, mas de princípio, eu não mudo. Inclusive é terrível pessoas que se manifestam de uma forma e depois, só porque ocupam determinados cargos, elas mudam. Para mim não passa de mentiroso. Eu não vou mudar, não”.

Santão diz que também diz que não vai mudar sua rotina. Não deve pedir licença da carreira de PRF e vai conciliar as escalas com a agenda parlamentar na Câmara de Vereadores. Considera-se uma pessoa politizada e aponta já ter entregado projetos de lei para vereadores, deputados federais e senadores. 

“Eu já cheguei a trabalhar 96 horas semanais, quando estava na Polícia Militar. Minha média de trabalho, nos anos que atuei lá, era de 72 horas. Por 10 anos, eu também fui professor de cursinho. Então é possível conciliar, e a lei permite que eu faça isso”.

Entre as principais bandeiras, estão a defesa do comércio, da indústria e dos prestadores de serviço. “Eles geram emprego e geram renda por aqui”. Em meio à pandemia, Santão acredita que a Covid-19 tem sido usada de forma política. 

Sem citar as fontes, diz que está comprovado que o lockdown geral (fechamento de atividades não essenciais) não funcionou. “Nós temos diversos relatos, estudos científicos de médicos famosos mundo afora”.

Na mira do futuro parlamentar, está a redução dos cargos comissionados. Já sabe que haverá resistência, mas, se conseguir, quer alterar até o número de vereadores de 19 para 15. “A gente pode pegar esse recurso, tanto dos vereadores, quanto de outros cargos comissionados e voltar para a população de bem de Londrina, que são aquelas que pagam impostos”.