Celulares apreendidos dentro de cadeias e penitenciárias do Paraná podem ser doados a alunos em vulnerabilidade social da rede estadual de ensino. Esse é o objetivo do projeto protocolado na Assembleia Legislativa pelo Deputado Estadual Boca Aberta Junior.
Segundo o deputado, quando as aulas presenciais foram suspensas, durante a pandemia, muitos estudantes não tinham como acompanhar as atividades remotas pela falta de um aparelho celular. A iniciativa transforma smartphones que entraram ilegalmente em presídios em uma ferramenta de educação.
“Primeiro quadrimestre de 2021 foram apreendidos 1500 celular. Para onde foram os aparelhos?”, questionou Boca Aberta Junior.
De acordo com o deputado, o projeto prevê que universidades estaduais possam selecionar e realizar reparos nos aparelhos que podem ser reaproveitados. Todos os arquivos do celular serão removidos e terão a capacidade de instalar os aplicativos necessários para as atividades dos estudantes.
“A gente tem que aguardar o processo investigatório e depois os aparelhos serão repassados ao Executivo e o Governo Estadual, através da Secretaria de Educação, fazem a distribuição”, explicou o deputado.
Hoje, os celulares apreendidos com criminosos em ações policiais são destruídos em vez de destinados para alguma causa. Segundo o parlamentar, o tramite para a aprovação do projeto é um pouco demorado. “Ele vai para Comissão de Justiça e depois vai circular nas outras comissões para ser apreciado em plenário. Esperamos que em 60 dias já seja votado e sancionado pelo governador”, disse.
