Sete servidores comissionados cujas nomeações poderiam caracterizar o chamado “nepotismo cruzado” ou “transnepotismo” foram exonerados em Cornélio Procópio.
A ação atendeu uma recomendação do Ministério Público, por meio Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), de Londrina. O pedido também partiu da 3ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio.
Segundo apuração do MP, os exonerados ocupavam cargos em comissão em diretorias de departamentos e chefia de divisão. Seis deles têm parentesco com vereadores e uma pessoa com a vice-prefeita. Deles, cinco são casados com vereadores, uma é filha de vereador e outra é cunhada da vice-prefeita.
O Ministério Público alertou o Executivo para a interpretação de súmula do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, “não basta proibir as nomeações diretas e cruzadas de parentes, exige-se, na mesma medida, coibir o transnepotismo, que se materializa nas trocas de favores entre os poderes, em que o agente político, valendo-se de sua prerrogativa de nomeações de cargos em comissão, utiliza-se para fins de nomeação de apadrinhados ou mesmo parentes de outros poderes”.
Mesmo informando ao MP que não entendia a situação como prática de nepotismo, a recomendação foi acatada. Segundo o Executivo, os servidores já haviam exercido cargos administrativos em gestões anteriores. Uma oitava servidora que não constava da relação elaborada pelo MPPR também foi exonerada.
