Brasil Urgente

Delegacia de Homicídios segue investigando assassinato de Alisson Padilha em Cascavel

30 jul 2025 às 19:42

O delegado Fabiano Moza, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), participou do programa Brasil Urgente, onde falou com o repórter Parangolé sobre as investigações do caso Alisson Padilha.


Segundo Moza, o desaparecimento de Alisson foi inicialmente investigado pelo Grupo de Diligências Especiais (GDE), após a mãe do jovem registrar um boletim de ocorrência. A partir do momento em que surgiram relatos sobre um corpo encontrado, a DHPP assumiu o caso.


O delegado explicou que o corpo de Alisson, localizado mais de 20 dias após o desaparecimento, estava em avançado estado de decomposição, o que impossibilitou a identificação visual por parte da família. Para confirmar a identidade, foi realizado um trabalho técnico com uma papiloscopista, e as impressões digitais confirmaram que se tratava de Alisson.


Durante as buscas, um boné foi encontrado em um local próximo ao corpo. No entanto, de acordo com o delegado, não há confirmação de que o objeto pertencia à vítima.


Outro ponto citado por Moza foi uma carta enviada à mãe de Alisson, indicando o local onde o corpo seria encontrado. O conteúdo do bilhete faz parte das evidências investigadas pela DHPP.


O delegado também revelou que Alisson era usuário de drogas e que já havia sido alvo de uma tentativa de homicídio anterior. Moza afirmou que ainda não está descartada a possibilidade de mais de uma pessoa envolvida no crime.


Por fim, ele reforçou os canais de denúncia anônima disponíveis para a população colaborar com as investigações: Disque 197 ou 181.


Relembre o caso Alisson Padilha

Um bilhete anônimo, deixado no portão da casa da mãe de Alisson, indicava uma possível localização do jovem desaparecido. A mensagem dizia: “Você quer seu filho? Vai buscar atrás da Lar, no milharal.”


Claurenice Padilha, mãe de Alisson, levou o bilhete à Polícia Civil, mas, sem esperar por respostas oficiais, decidiu agir por conta própria. Ela reuniu amigos e familiares, que seguiram em comboio até a região indicada, nos fundos da cooperativa Lar, onde vasculharam o milharal em busca de pistas sobre o paradeiro do jovem, porém apenas um boné foi encontrado.


Alisson Padilha morava em um cômodo anexo à casa da mãe e lutava contra o vício em drogas, sendo acompanhado de perto pela família. A última vez que foi visto foi no dia 20 de junho, quando saiu para vender latinhas e não retornou.


Após horas de buscas, no dia 14 de julho, o corpo de Alisson foi encontrado em uma mata às margens da PR-180, próximo ao milharal citado no bilhete. A localização exata bate com a mensagem deixada anonimamente.