Conexão Tarobá

Entrevista com o presidente do Sindileite Paraná, Elias José Zydek

07 nov 2025 às 18:22

O programa Conexão Tarobá deste sábado (02) recebeu Elias José Zydek, Presidente Executivo da FRIMESA e recém-empossado Presidente do Sindicato do Leite do Paraná (SindiLeite-PR), para falar sobre a trajetória da cooperativa, o cenário do agronegócio e os desafios dos setores de suínos e lácteos.


Durante a entrevista, Zydek explicou que a Frimesa surgiu há quase meio século, fruto de um processo de intercooperação entre cooperativas singulares (como Lar, Copagril, C. Vale, Copacol e Primato), com o objetivo de agregar valor à produção agropecuária do produtor.


Quanto à gestão da empresa, o equilíbrio entre suinocultura e laticínios é mantido por uma estrutura baseada em três pilares: operações, administrativo-financeiro e comercial, sendo a área de marketing e comercial transferida para São Paulo, principal mercado consumidor do país.


Zydek comentou que, em um cenário global complexo, o agronegócio precisa equilibrar o que é produzido (oferta) com o que o mercado absorve (demanda), pois o excesso derruba os preços, como ocorre no leite. Segundo ele, o Brasil depende da exportação para escoar o excedente da produção (25% dos suínos e 36% do frango), e a valorização do câmbio (dólar baixo) dificulta essas vendas. Além disso, o consumo interno é limitado pela baixa renda da população e pelo aumento da dependência de programas assistencialistas, que não geram riqueza e reduzem o poder aquisitivo para adquirir alimentos.


O convidado também destacou a crise do leite, em que o setor enfrenta queda nos preços, exigindo que os produtores reduzam o custo de produção para níveis internacionais (US$ 0,35 a US$ 0,40 por litro). Para enfrentar o problema, o SindiLeite-PR propõe um projeto estratégico para a cadeia do leite do Paraná, buscando desoneração da cadeia, melhoria logística, redução da carga tributária e assistência técnica direcionada.

Zydek explicou que o Oeste do Paraná vive pleno emprego, mas enfrenta um “apagão de mão de obra”, com 8 a 10 mil vagas abertas, comprometendo a expansão. 


Segundo ele, a solução envolve projetos de atratividade e formação profissional nas empresas e, principalmente, a revisão dos programas assistencialistas do governo, que geram dependência e desestimulam o trabalho.


Assista ao vídeo e confira o programa completo!