Jornal Tarobá 2ª Edição

CPI ''Professor Monstro'': Everton Guimarães é o presidente e Hudson Moreschi o relator

27 jun 2025 às 16:10

O vereador Everton Guimarães (PMB) foi eleito na manhã desta sexta-feira (27) para presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) constituída para apurar possíveis irregularidades nos processos administrativos envolvendo violência sexual em CMEIs e escolas municipais de Cascavel.


Além dele, os membros da comissão elegeram o vereador Hudson Moreschi (Podemos) como relator, e o Contador Mazutti (PL) para a função de secretário.


Everton Guimarães, que trouxe o caso inicialmente ao plenário, já havia manifestado interesse em presidir a CPI. Já a relatoria ficou com Hudson Moreschi, que não assinou o requerimento de abertura da CPI, mas, mesmo assim, será o responsável pelo relatório final.


Em entrevista coletiva, Everton Guimarães afirmou que o principal objetivo da CPI é investigar a demora no afastamento de um professor que já possuía denúncias de abuso sexual em CMEIs de Cascavel. Segundo ele, esse afastamento levou cerca de quatro anos. O vereador também ressaltou que a CPI pretende investigar a veracidade das denúncias contra o professor.


Everton destacou ainda que a CPI "não é uma caça às bruxas", mas busca apurar se houve negligência por parte da administração pública. Segundo ele, o servidor acusado poderia ter sido realocado para funções administrativas, longe do contato com crianças, o que não aconteceu.


O relator da CPI, Hudson Moreschi, declarou que pretende atuar de forma técnica e imparcial, contribuindo com esclarecimentos à comunidade. Ele lembrou que é membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança há mais de 10 anos.


Hudson explicou que não assinou o requerimento de abertura da CPI porque havia sugerido alternativas, como a criação de uma Frente Parlamentar da Criança, mas respeitou a decisão dos colegas. Ele afirmou estar à disposição para contribuir com sua experiência na área da infância e juventude.


O caso investigado envolve um profissional conhecido como “professor monstro”, que foi condenado pela Justiça por abusar sexualmente de uma criança de 3 anos de idade dentro de um CMEI de Cascavel. O homem, que atuava como agente de apoio, está atualmente preso.


A demora de quatro anos para conclusão do processo administrativo e da sindicância gerou revolta entre as mães, pois o acusado continuou trabalhando durante esse período.


Uma das mães que encabeçaram a campanha pela CPI, Mariana Kalschne, afirmou que a morosidade na apuração e a demora na abertura da comissão geram uma sensação de dúvida. Ela classificou o processo como uma “novela cheia de impasses” e garantiu que a sociedade civil irá acompanhar de perto para que a CPI não acabe em pizza.


A CPI se reunirá todas as sextas-feiras, às 14h. A primeira ação da comissão foi o envio de um requerimento à Prefeitura de Cascavel, solicitando todo o processo administrativo referente ao caso que durou quatro anos, além do acesso integral à sindicância promovida pelo município, que avaliou possíveis falhas ou negligência no afastamento do servidor denunciado.

Integram a CPI: 

  • Hudson Moreschi (Podemos)

  • Everton Guimarães (PMB)

  • Dr. Lauri (MDB)

  • Valdecir Alcantara (PP)

  • Contador Mazutti (PL)