A Universidade Estadual de Londrina (UEL) celebra 55 anos de existência em outubro, consolidando-se como uma instituição de grande representatividade, cujos números e importância extrapolam as fronteiras do Brasil.
Em entrevista, a Reitora da UEL, Marta Fávaro, descreveu a universidade como uma "potência" que poderia ser comparada a uma cidade, devido aos seus números expressivos. A instituição conta com uma comunidade de quase 22 mil pessoas, incluindo estudantes, professores e agentes universitários, e um orçamento anual que se aproxima de R$ 1 bilhão.
História e Estrutura Gigante
A UEL nasceu do esforço pioneiro da cidade de Londrina em buscar o ensino superior. A universidade foi criada em 1970 e reconhecida em 1971, resultado da união de cinco faculdades isoladas que já existiam na cidade desde a década de 50.
A criação da UEL foi parte de um processo de interiorização do ensino superior, que, no mesmo decreto, também estabeleceu as Universidades Estaduais de Maringá (UEM) e Ponta Grossa (UEPG).
A universidade de hoje conta com:
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53 cursos de graduação presenciais e dois à distância.
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80 cursos de stricto sensu (mestrado e doutorado) e 109 especializações.
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Quase 1.800 projetos ativos mantidos pelos professores.
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Mais de 22 mil pessoas circulando no campus.
Braços Estendidos à Comunidade
Marta Fávaro ressaltou a importância dos órgãos suplementares da UEL, que estendem o atendimento à população:
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Hospital Universitário (HU): O maior órgão da universidade, referência em excelência no atendimento de média e alta complexidade para toda a macrorregião.
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Clínica Odontológica: Atende toda a região, sendo a única com plantão para atendimento dentário.
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Outros órgãos: Incluem o Hospital Veterinário, Colégio de Aplicação, Casa de Cultura com orquestra, Clínica Psicológica, Museu Histórico e Museu de Ciência e Tecnologia.
"Essa extensão de atendimento alcança muita, muita gente. São milhares de pessoas atendidas pela Universidade Estadual de Londrina", afirmou a reitora.
Desafios para o Futuro
Entre as conquistas e os desafios da sua gestão, Marta Favaro destacou a busca por tornar a universidade ecologicamente mais correta, discutindo uma política ambiental e buscando instalar usinas fotovoltaicas para alta sustentabilidade de energia.
No entanto, o maior desafio apontado pela reitora é o fortalecimento do quadro funcional. Segundo ela, a universidade ainda precisa de um aporte maior de servidores (agentes universitários e professores) para atender o tamanho da instituição e seus muitos braços estendidos à comunidade.
A Reitora finalizou a entrevista destacando a missão da UEL de "fazer diferença na vida da sociedade" e agradecendo a todos que lutam pela universidade, que é "imprescindível pelo serviço que ela presta".