Avança 163, este é o nome da nossa nova bandeira. O jornalismo do Grupo Tarobá de Comunicação mergulha nos fatos e desafia autoridades para que este grande nó logístico, que compromete oeste e sudoeste do Paraná, seja desatado. O que assistimos hoje é o resultado amargo de uma sequência de falhas:
- de políticas
- de planejamento
- de gestão
- de promessas e descaso
Um investimento de R$ 706 milhões de Cascavel à Marmelândia. 74 km a serem duplicados. Da licitação até aqui, oito anos se passaram.
Hoje a rodovia tem falhas no anteprojeto além sobrepreço e superfaturamento de R$ 60 milhões, tudo isso com dinheiro público, aquele que vem dos impostos que você paga. Em Santa Lúcia, um caso clássico. Um viaduto que mais parece uma obra fantasma e uma passarela que nunca cumpriu a sua função e há anos segue interditada.
Em Capitão Leonidas Marques, outra obra inacabada. Pilares gigantescos, onde o mato toma conta e o abandono é visível. De outro ângulo, uma obra esquecida no tempo, sem conectar algo a coisa alguma. E quando vem a chuva, a água acumula e deixa o cenário ainda pior.
Olhando para o retrovisor, o passado nos lembra que o tempo passou rápido. A obra que começou em 2014 deveria estar pronta há 6 anos. Olhar para todo o descaso causa indignação. Milhões em dinheiro público e objetivo não cumprido.
Quilometros a frente, uma das partes mais complexas da duplicação, está parada. A segunda ponte sobre o rio Iguaçu, em Capitão Leônidas Marques, onde foram investidos 20 milhões de reais.
Embora a retomada da obra entre Cascavel e Marmelândia tenha sido anunciada pelo ministério dos transportes para os primeiros 100 dias de governo, não houve efetividade. O trabalho executado na pista é o agulhamento para a liberação de 23 quilômetros de pistas novas, uma deliberação do ano passado.
A conclusão depende de uma nova licitação. Segundo o DNIT, mais 220 milhões de reais serão necessários. A expectativa é de que o edital seja lançado ainda este ano e com isso, o investimento total no trecho vai chegar a R$ 1 bilhão de reais.
Ainda de acordo com o DNIT o contrato de implantação do segmento compreendido entre Marmelândia e Cascavel foi rescindido unilateralmente pelo dnit em novembro do ano passado, devido à inexecução contratual da empresa contratada.
84% das obras foram executadas e a conclusão dos serviços necessita de levantamentos de campo, atualização de projeto e de orçamento dos segmentos remanescentes, para que seja realizada nova licitação e, posterior contratação das empresas que vão assumir os serviços.