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Clima tenso e troca de acusações marcam o primeiro debate do 2° Turno em Curitiba

Foi a primeira vez que Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) se encontraram frente a frente depois do resultado do 1° Turno em Curitiba
15 out 2024 às 17:42
Por: Banda B

A Band realizou na noite desta segunda-feira (14), o primeiro debate do 2° Turno em Curitiba, em um encontro marcado por farpas de ambos os lados, troca de acusações e propostas. Foi a primeira vez que Cristina Graeml (PMB) e Eduardo Pimentel (PSD) se encontraram frente a frente depois do resultado do 1° Turno em Curitiba, que colocou os dois na disputa pela Prefeitura de Curitiba, com uma margem apertada de votos.


O debate foi dividido em três blocos. No primeiro e no terceiro, os candidatos usaram o chamado banco de tempo, podendo administrar o tempo de 12 minutos cada um. O segundo bloco foi marcado por seis rodadas de perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. O embate começou pouco depois das 22h30.


Transporte Público

Um dos temas abordados durante o debate foi a nova concessão do transporte público e as propostas dos candidatos. Eduardo Pimentel citou o plano de governo de Cristina Graeml sobre o tema, que faria com que moradores de bairros mais afastados do centro teriam de pagar tarifa mais cara do que aqueles que moram em bairros mais centrais. “Esse morador do centro que vai até o Alto da Glória ou até o Cristo Rei, um bairro mais ou menos próximo do centro, ele paga a mesma passagem de um morador que vem da região metropolitana até o centro da cidade para usar o nosso sistema de saúde, inclusive, que é um problema nunca resolvido pelas prefeituras de Curitiba. Não é justo, nós vamos implantar a passagem por quilômetro rodado, isso é simples, já existe no exterior, é eficaz e é mais honesto”, confirmou a candidata.

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Eduardo Pimentel retrucou “ Ela confirma, então, que vai cobrar uma passagem mais cara de quem mora mais longe. Isso não é justo com Curitiba”, afirmou o candidato.

Denúncia de Assédio Eleitoral

A candidata Cristina Graeml abordou a denúncia divulgada pelo jornal Metrópoles de assédio eleitoral envolvendo funcionário da prefeitura de Curitiba, que teria coagido comissionados a contribuírem para a campanha de Pimentel, comprando convites para arrecadar dinheiro. “Vários servidores inclusive já estão sendo ouvidos pelo Ministério Público e confirmando que o Jornal Metrópolis trouxe como prova inclusive em áudio. Servidores foram obrigados a apoiar de Eduardo Pimentel que já tinha 12 milhões de reais de dinheiro público. Faltava dinheiro ,candidato, é isso que eu quero saber”, perguntou a candidata.

Pimentel respondeu que o funcionário havia sido demitido na hora e foi instaurada uma comissão para apurar o caso. E completou: “Querer atribuir a mim uma coisa que não tenho responsabilidade é desinformação”, retrucou o candidato.


Bolsonaro

O apoio de Jair Bolsonaro também foi discutido, já que os dois candidatos dizem que têm o ex-presidente como apoiador. Cristina Graeml disse que Eduardo é mais conectado à ideologia de esquerda e que o PSD é vinculado a Lula : ” O curitibano está cansado de governos de esquerda ou da falsa direita, esse centrão fisiológico do qual o senhor faz parte, que a gente tá rejeitando no Brasil inteiro. Bolsonaro sequer passou por aqui”, disse a candidata.

Pimentel respondeu dizendo que o importante não era o apoio e sim o que cada um tem de proposta para Curitiba : ” Eu tenho responsabilidade, trabalhei por oito anos e o candidato sou eu, agora independe de quem tá apoiando quem, vale o que eu penso, o que eu tenho pra cidade e o que você pensa e o que tem pra cidade”.

Pimentel ainda disse que o PMB, partido de Cristina, apoia Guilherme Boulos (PSOL) à prefeitura de São Paulo. A candidata respondeu que o partido dela era o do Paraná.


Pandemia

A gestão da pandemia também foi abordada. A candidata Cristina Graeml criticou a gestão da então secretária de saúde do município, Marcia Huçulak e disse que o fechamento do comércio prejudicou os empresários. Pimentel defendeu a gestão de Greca, dizendo que foram salvas muitas vidas. O candidato também perguntou se Cristina havia se vacinado.

Ela respondeu que sim, ela e toda sua família. Mas defendeu o tratamento precoce contra a covid, utilizado na época da pandemia pela médica Raíssa Soares em Porto Seguro. A médica já foi confirmada como secretária de saúde de Graeml em caso de vitória. ” Milhares de empresários curitibanos quebraram”, disse a candidata.

Pimentel rebateu, dizendo que a prefeitura não parou durante a pandemia: ” na pandemia , a senhora estava na segurança do seu lar, gravando vídeos, às vezes de informação, às vezes de desinformação. Eu não parei um dia sequer junto com o prefeito, estava todos os dias na rua, trabalhando na abertura de UTIs, nenhuma pessoa que pegou Covid na cidade de Curitiba não teve atendimento”.

Acusações

Durante todo o debate, houve troca de acusações. Pimentel citou investigação da Justiça Eleitoral contra a candidata sobre uma suposta ocultação de bens e uma condenação contra o vice, Jairo Ferreira Filho. Cristina também criticou Pimentel, dizendo que o vice-prefeito ficou oito anos no governo e não executou as propostas que agora estava apresentando.

Candidatos falam o que acharam do debate

Ao final do debate, os candidatos fizeram um balanço do primeiro debate deste 2° Turno.

“Muito feliz, animado, porque tivemos um debate tranquilo, eu apresentei propostas, a candidata infelizmente muita acusação, muita desinformação, mas proposta não respondeu, quando perguntava de ações importantes, não respondia, mas a minha campanha é com propostas. O que vale agora é o futuro da cidade de Curitiba pelos próximos quatro anos. Eu falei, as minhas posições ideológicas são bem colocadas, bem tranquilo, me pauto sempre em cima dos valores da família, mas agora a gente precisa discutir o futuro da cidade de Curitiba”

avaliou Eduardo Pimentel.

A candidata Cristina Graeml também fez uma análise do debate na Band:

“O candidato muito preparado por media training para repetir mentiras, dizendo que eu não apresentava propostas, que eu não tenho propostas, mas ele mesmo trouxe aqui de forma esmiuçada várias das questões que eu trago no meu plano de governo. Quando ele diz que eu não tenho propostas, ele está ofendendo os 200 curitibanos, inclusive muitos servidores municipais, que me ajudaram a entender os problemas da cidade, a estudar profundamente por mais de seis meses e desenhar esse plano, que é um plano que as pessoas estão lendo e estão se encantando”

concluiu Cristina Graeml.

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