Quando falta chuva, também faltam pastos e, sem pastos, o gado não engorda o suficiente para ser enviado aos frigoríficos e isso é uma grande preocupação dos pecuaristas. E uma das alternativas mais tradicionais do setor é o confinamento, um sistema de criação que oferece aos bovinos alimentação, suplementação e tratamento diferenciado para compensar as épocas de seca. Mas, nem sempre o sistema precisa ser feito na fazenda, pois há um tipo de confinamento ‘mais VIP’ também faz sucesso no campo, a hospedagem para boi, o chamado Boitel.
O AgroBand desta sexta-feira (11) mostra como funciona o sistema e quais são as principais vantagens para os animais e para os pecuaristas. O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de confinamento.
O pecuarisa Sérgio Przepiorka explica que a chegada dos animais requer cuidados sanitários como a vermifugação e a suplementação alimentar para a adaptação. No Boitel Chaparral, em Rancharia, interior de São Paulo, além dos cuidados iniciais básicos, os animais também são rastreados individualmente e até a alimentação é controlada por sistemas tecnológicos. “Vitaminas e alimentos ideiais para o boi engordar rapido”, diz Przepiorka.
O confinamento é a opção ideal para engorda bovina, principalmente no período de estiagem, que reduz a qualidade das pastagens. “Tem lugares que nem chove, o pasto acaba”, reforça. “Enquanto os animais estão no boitel, o pasto pode se recuperar mais rapido e com qualidade para recomeçar”.
No Brasil, o rebanho bovino é estimado em 240 milhões de cabeças de gado, mais que a população. Desse volume, 34,6 milhões de animais foram abatidos. Segundo o IBGE, dentre os animais abatidos, 21,3% estavam confinados.