Para reforçar o monitoramento de pragas na bananicultura, o Litoral do Paraná recebeu recentemente uma ação de vigilância ativa com o uso de drones, realizada em Guaratuba — maior polo produtor do Estado. A tecnologia foi empregada com o objetivo de identificar, prevenir e controlar pragas quarentenárias (importância econômica em potencial) que podem comprometer a produção, ampliando o alcance e a eficiência das ações da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
No Estado, a defesa agropecuária promove diversas ações para identificar, monitorar e conter a introdução e disseminação de pragas e de interesse econômico na fruticultura. Esses organismos — como bactérias, fungos, vírus e insetos — podem causar prejuízos significativos, incluindo redução da produção, perda de mercados devido a barreiras fitossanitárias, aumento dos custos com controle e riscos de contaminação ambiental e alimentar, em razão do uso intensivo de agrotóxicos.
Com foco na detecção precoce dessas pragas, a Adapar promove levantamentos fitossanitários constantes nas principais culturas de relevância econômica do Estado, como a pomicultura, a citricultura e, agora, também a bananicultura, com o apoio da tecnologia.
Segundo Paulo Marques, chefe da Divisão de Fruticultura da Adapar e coordenador da ação em Guaratuba, os trabalhos também visam estabelecer uma metodologia específica para o uso de drones em levantamentos fitossanitários.
“O uso de drones é um exemplo do potencial dessa ferramenta, que amplia a capacidade de vigilância e proporciona mais agilidade nas ações de prevenção e controle de pragas. Além disso, permite alcançar áreas de difícil acesso e aumenta significativamente o número de plantas inspecionadas”, destaca Marques. O técnico também informa que há intenção de formalizar uma proposta de regulamentação junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Durante as operações, os drones sobrevoaram as plantações captando imagens de alta resolução, o que facilita a detecção precoce de sintomas de pragas ou doenças, além de ajudar a mapear pontos críticos que exigem intervenção imediata. Esse processo amplia de forma significativa o número de plantas monitoradas, otimizando o trabalho em campo e reduzindo custos e tempo de deslocamento das equipes.